Passados dois dias, Porto Alegre ainda segue lidando com as consequências do forte temporal que atingiu a cidade na noite de terça-feira (16). Ainda com muitas árvores, fios e postes caídos, além de inúmeros pontos sem luz e abastecimento de água, a Capital parece ter um longo caminho pela frente em busca da retomada da normalidade.
Passados dois dias, Porto Alegre ainda segue lidando com as consequências do forte temporal que atingiu a cidade na noite de terça-feira (16). Ainda com muitas árvores, fios e postes caídos, além de inúmeros pontos sem luz e abastecimento de água, a Capital parece ter um longo caminho pela frente em busca da retomada da normalidade.
Tratado como prioridade pelo prefeito Sebastião Melo, o retorno do fornecimento total de energia caminha a passos lentos no município. Com mais de 100 mil clientes da CEEE Equatorial ainda sem energia elétrica durante esta quinta-feira, parte da população perdeu a paciência e foi às ruas atrás de solução.
Desse modo, durante o dia, assim como árvores caídas, protestos foram registrados em todas as regiões da Capital gaúcha. Todos os manifestantes faziam o mesmo apelo: que se reestabeleça o quanto antes o fornecimento de energia elétrica, água e internet, serviços interrompidos desde o momento da tempestade.
Com fogo sendo ateado em pneus, galhos, restos de imóveis e outros objetos, a população bloqueou algumas vias da cidade para chamar a atenção das autoridades. Segundo a Brigada Militar, até às 17h, haviam sido registrados um total de 10 pontos de protestos na cidade.
Em paralelo, Sebastião Melo se reuniu com a direção da CEEE Equatorial, na sede da companhia, para alinhar o trabalho entre as partes. Ficou acordado que as equipes da prefeitura irão focar na retirada de galhos e árvores que impedem o trabalho de técnicos da Equatorial no restabelecimento das redes de energia.
Também estabeleceu-se que as Estações de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) e serviços de saúde que seguem sem luz deverão ser tratados como urgência. “Trabalhamos com a estimativa de normalizar 100% da contingência em relação aos nossos clientes até o final da semana. Recebemos novas prioridades do Dmae e já direcionamos as equipes aos locais para que as pendências sejam zeradas”, disse o presidente da Equatorial, Riberto Barbanera.
Em relação ao abastecimento de água, o Dmae informou, às 19h30min desta quinta-feira (18), que todas as Estações de Tratamento (ETA) haviam sido ativadas. Em paralelo, 28 estações de bombeamento ainda enfrentavam problemas de energia. Com isso, o abastecimento será retomado de forma gradual.
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, pelo menos 500 ocorrências de árvores caídas foram registradas nas ruas de Porto Alegre desde à noite de terça. Destas, 300 já foram atendidas pelas equipes da pasta. Parques e praças também apresentam rastros de destruição, mas, por enquanto, estão sendo deixados em segundo plano e ainda não tiveram seus danos calculados.
Essas árvores continuam sendo as principais responsáveis por bloqueios nas vias da cidade. Segundo a EPTC, até às 18h, haviam 132 pontos de obstrução nas ruas e avenidas da Capital, sendo 73 parciais e 46 totais por queda de árvores, 12 por postes ou fios caídos e um por acúmulo de água. Ainda, 50 semáforos haviam sido reestabelecidos, enquanto 128 estavam fora de operação devido à falta de energia.
Na área da saúde, os hospitais São Lucas, Clínicas e Vila Nova estão com restrição no atendimento devido aos danos do temporal. O Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul segue sem energia elétrica e está com restrição total para novos pacientes devido a uma pane no gerador.
Ainda durante o dia, foi protocolada na câmara de Porto Alegre uma CPI para investigar a atuação da CEEE Equatorial. A proponente foi a vereadora Cláudia Araújo (PSD), vice-líder do governo do prefeito Sebastião Melo no Legislativo.