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Número de animais abandonados e acolhidos por ONGs cresce no Brasil
Pesquisa aponta que cachorros são maioria em abrigos; ONGs relatam dificuldade em encontrar um lar para os animais mais velhos
Por Agências
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Pet Brasil, o país possui 184.960 animais abandonados ou resgatados por maus tratos, sob a tutela das ONGs e grupos de Protetores. Dos mais de 184 mil animais resgatados, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos. A região Sul do Brasil conta com 33.172 animais abandonados e acolhidos por ONGs.
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Segundo pesquisa feita pelo Instituto Pet Brasil, o país possui 184.960 animais abandonados ou resgatados por maus tratos, sob a tutela das ONGs e grupos de Protetores. Dos mais de 184 mil animais resgatados, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos. A região Sul do Brasil conta com 33.172 animais abandonados e acolhidos por ONGs.
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O levantamento do IPB aponta a existência de 400 ONGs atuando na proteção animal em todo o país, com 18% das organizações localizadas na região Sul. Com o grande número de animais abandonados, as ONGs e Grupos de Proteção aos animais enfrentam problemas para resgatar e cuidar dos cachorros e gatos em situação de vulnerabilidade, devido a alta demanda. Para os animais que são resgatados, o processo de adoção parece ser a saída mais viável, mas com 177 mil cães esperando por um lar a tarefa de recolocar os animais em uma situação confortável se torna cada vez mais complicada.
Localizada em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, a Associação 101 Vira-Latas atua desde 2004 no resgate e nos cuidados de animais em situação de rua. Fundada por Aline Orestes Vieira, a ONG 101 Vira-Latas tem como missão resgatar e promover a adoção responsável de animais, buscando um lar amoroso para cada um deles.
Localizada em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, a Associação 101 Vira-Latas atua desde 2004 no resgate e nos cuidados de animais em situação de rua. Fundada por Aline Orestes Vieira, a ONG 101 Vira-Latas tem como missão resgatar e promover a adoção responsável de animais, buscando um lar amoroso para cada um deles.
Atualmente a associação é casa de cerca de 350 animais, entre cães, gatos e cavalos. Assim como em outras ONGs, a maioria dos animais acolhidos são cachorros, de diferentes raças e idades. São cerca de 270 cachorros que vivem na sede da associação. Apesar de serem maioria, grande parte dos cães passam anos sem conseguir um novo lar. Aline ressalta que em feiras de adoções, os preferidos por quem procura adotar são gatos e cães filhotes. A preferência faz com que animais resgatados após chegarem na fase adulta não sejam escolhidos por quem busca um bicho de estimação.
“Dos nossos animais, acredito que 70% dos cachorros já estão com a gente há mais de 10 anos e dificilmente vão conseguir uma adoção, pois a preferência das pessoas é o filhote.”, afirma. Com poucos voluntários auxiliando o trabalho da ONG durante as feiras, Aline opta por levar animais que mais se aproximem do perfil mais procurado para não perder viagem e dar um lar para os cães e gatos. “O número de voluntários reflete em quais animais podemos levar para as feiras de adoção, já que temos que lidar com o transporte desses animais”, aponta Aline.
Dificuldades para os animais e para a ONG
Um dos cães que vivem na ONGs é o Baldoino. O cachorro de 12 anos foi abandonado enquanto filhote e está na ONG desde então. Após alguns anos sem ser adotado, Baldoino sofreu com um tumor, levando à remoção de um dos olhos. Se o cachorro de porte grande já tinha dificuldades de ser adotado, após a cirurgia de remoção do olho, as chances caíram ainda mais. Segundo Aline, além de animais mais velhos serem mais difíceis de serem adotados, animais com alguma deficiência sofrem ainda mais com a rejeição. Baldoino segue na associação, junto da sua companheira, a cachorrinha Baldoina, e não tem projeção de ser adotado por alguma família na fase final da sua vida.
A história de Baldoino é como a de muitos outros cães resgatados, que após não serem adotados enquanto filhotes, permanecem na associação até o fim da sua vida. A dificuldade em recolocar esses animais em segurança e com conforto levou a 101 Vira-Latas a divulgar com maior frequência em suas redes sociais esses animais que já estão há mais tempo sob os cuidados da associação.
A permanência dos animais mais velhos é uma preocupação para a ONG, visto que o número de animais abandonados cresce no Brasil. Segundo a IPB, no primeiro levantamento realizado pelo instituto em 2018 eram 3,9 milhões de animais em situação de abandono. Em 2020, o número subiu para 8,8 milhões. Com o aumento do número de animais resgatados, surge também o aumento das necessidades da organização.
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“Utilizamos cerca de três toneladas de ração por mês para alimentar todos os animais que resgatamos. Dependemos de doações e ajudas financeiras para manter a ONG em pé”, afirma Aline. Sem auxilio direto do Governo Estadual e do Governo Municipal, a 101 Vira-Latas sobrevive através do apoio de terceiros, que se comprometem a manter a ideia viva.
Sobre a ONG
A Associação 101 Viralatas é uma Organização Não Governamental que atua na causa animal, resgatando animais abandonados e vítimas de maus-tratos na região metropolitana de Porto Alegre. A sede da Associação é localizada na cidade de Viamão, no bairro Santa Cecília.
A ONG atua majoritariamente com resgates de animais, atendendo pedidos ou denúncias de animais em situação de perigo ou abandono. Além dos resgates, o projeto também realiza castrações de animais e feiras de adoção, para recolocar os animais resgatados em posição de conforto e segurança. Através de doações, a Associação manteve uma clínica própria entre 2019 e 2022, com duas veterinárias e atendimento gratuito para animais da população de Viamão.
A clínica atualmente se encontra desativada, com projetos de retomada do serviço em elaboração. A ONG conta também com brechós dedicados aos animais em duas localidades: em Viamão, no bairro Santa Cecília, e em Porto Alegre, na Estação Malcom - no centro da capital gaúcha.
Para manter a operação de resgate e cuidados de animais em situação vulnerável, a ONG aceita doações e apadrinhamento de animais. O sistema de apadrinhamento consiste em um valor mensal que é destinado diretamente para o cuidado dos animais que vivem na sede da associação. São quatro planos, com valores entre 50 e 180 reais. Outra opção é a possibilidade de doações esporádicas São aceitas doações a partir de um real, sem necessidade de mensalidade.
Além do apoio financeiro, a ONG também aceita voluntários dispostos a auxiliar nas atividades na veterinária da associação, assim como em ajudas em eventos de adoções, durante lives promovidas no Instagram, no transporte de animais e até mesmo dando um lar temporário para algum dos animais. Para mais informações sobre como ajudar, acesse o site 101viralatas.com.br/como-ajudar ou entre em contato pelo telefone (51) 99431-9350. Em caso de dúvidas, entre em contato através do email: 101viralatas@gmail.com e nas redes sociais no Instagram @101viralatas e Facebook Associação 101 Vira-Latas.