Passadas mais de 130 horas após o temporal da noite de terça-feira (16), mais de 19,4 mil pontos seguem sem luz no Rio Grande do Sul. As fortes chuvas e ventos que atingiram o território gaúcho causaram duas mortes e prejuízos em diversos municípios. No sexto dia após o temporal, na área atendida pela CEEE Equatorial na tarde desta segunda-feira (22), 9,4 mil unidades consumidoras permaneciam sem energia elétrica em Porto Alegre e nas cidades da Região Metropolitana conforme atualização do início da tarde. Segundo a CEEE Equatorial, já foi restabelecido o fornecimento de energia para 98,5% dos clientes desabastecidos. A empresa informou que segue atuando com máxima mobilização de suas equipes de manutenção a fim de normalizar seus serviços o mais breve possível.
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Na área da RGE, 10 mil pontos estão sem luz e a maioria dos consumidores está concentrado na Região Metropolitana de Porto Alegre. A empresa disse que o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul afetou de forma intensa a área de concessão da empresa, com grande volume de chuva, descargas atmosféricas e ventos acima de 100km/h, impactando o fornecimento de energia em diversos municípios. Os danos na rede elétrica foram provocados, principalmente, por galhos, árvores e objetos arremessados pelo vento.
No pico do temporal, na madrugada de terça para quarta-feira, 714 mil clientes ficaram sem energia elétrica. Segundo a RGE, a maioria dos serviços que restam a ser feitos para normalização total do fornecimento são de grande complexidade devido ao volume de resíduos de vegetação e objetos sobre a rede. Esses serviços, além de demorados, quando concluídos, permitem religar poucos clientes.
Após quase 70 horas sem luz em função do temporal que atingiu o Estado, os comerciantes da Estação Rodoviária de Porto Alegre tiveram restabelecida a energia elétrica na sexta-feira à noite (19). Os mais de 30 estabelecimentos localizados no Largo Vespasaino Júlio Veppo estavam sem luz desde terça-feira (16). As lancherias e tabacarias do complexo rodoviário ficaram na mais completa escuridão desde o episódio climático que causou destruição e mortes no Rio Grande do Sul.
Em função da falta de energia elétrica, os proprietários tiveram que fechar mais cedo. Alguns em razão da falta de luz, acabaram comprando caixas de isopor e gelo para colocar as bebidas - refrigerantes e água mineral como foi o caso da lancheria e tabacaria Tio Patinhas e da Quick. O supervisor da Estação Rodoviária, Jorge Rosa, informou que a falta de energia elétrica não prejudicou a venda passagens e nem o horário dos 240 ônibus disponibilizados diariamente na rodoviária. Nos guichês das empresas de ônibus de Santas Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo as passagens foram comercializadas normalmente.