O prefeito Sebastião Melo está desde a madrugada de quarta-feira (17) no Centro Integrado de Serviços de Porto Alegre (Ceic) acompanhando os trabalhos das equipes que estão atendendo as ocorrências provenientes do forte temporal que atingiu Porto Alegre a partir da noite de terça. Por volta de 7h desta quarta-feira, havia mais de 150 registros de árvores ou galhos caídos pela cidade. Das seis Estações de Tratamento de Água do (Etas) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), cinco estão paralisadas por falta de energia. Além de 11, das 23 casas de bombas sem luz.
Conforme o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em apenas uma hora a Capital registrou 76 milímetros de precipitação, mais da metade da média prevista para janeiro (110 milímetros). O vento chegou a 89 km/h no Aeroporto Salgado Filho.
Em coletiva, convocada para atender a imprensa, Melo disse que ainda é difícil contabilizar os estragos em todas em regiões da cidade. "São 93 bairros. Tem problemas em todos os locais, uns mais, outros menos. É difícil de dimensionar por enquanto. Vou circular pela cidade agora na parte da manhã para ver de perto os estragos", afirma.
Melo ainda cobrou agilidade da CEEE Equatorial no restabelecimento do serviço e afirmou que a prioridade é retomar o fornecimento de energia e de água. Na sequência, fez apelo aos moradores de Porto Alegre. "A sua melhor contribuição para a nossa cidade é ficar em casa hoje para podermos voltar a normalidade o mais rápido possível", ressaltou.
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Sobre a volta à normalidade, o prefeito disse que o trabalho a ser feito ainda é muito grande. "Isso só deve acontecer em três ou quatro dias. Não esperem que tudo seja normalizado hoje à tarde ou amanhã. Essa questão da água é gravíssima. Gostaria de pedir a calma e a compreensão dos porto-alegrenses. Iremos colocar caminhões pipa pela cidade", garantiu Melo.
Projetando os próximos passos, o prefeito de Porto Alegre afirma que buscará soluções utilizando os cofres estaduais. "Os recursos são limitados. Terei de tirar de onde não posso. Até o momento, em todas as crises que tivemos não veio um centavo do Governo Federal. Antes de depender de Brasília, terei de resolver com os recursos que eu tenho", avalia.