O processo de demolição do Esqueletão teve início nesta semana, conforme anunciado pelo prefeito Sebastião Melo. Dividida em oito etapas, a derrubada do prédio de 19 andares deve iniciar em 30 dias. As primeiras duas etapas, na qual a obra se encontra, estão relacionadas aos licenciamentos.
Porém, os comerciantes e moradores da região seguem com muitas incertezas sobre o futuro da obra. Até quando se estenderá? Poderemos trabalhar durante esse período? Esses são os maiores questionamentos que estão sendo feitos.
Nesta terça-feira (9), representantes da prefeitura farão uma reunião com comerciantes e moradores da área para esclarecer dúvidas sobre o processo de demolição. "A reunião será às 18 horas na Rua General João Manoel, 157. A partir dela, será criada uma rotina de reuniões", afirmou Melo.
Na Galeria do Rosário, que fica ao lado do Esqueletão a dúvida segue presente. O auxiliar de prótese, Paulo Casa Nova tem dificuldade em saber as informações necessárias. "Fico em dúvida. Como será feito? Quem será afetado? Porém, entendo que é necessário, é algo que fica feio no centro da cidade", declarou.
A florista Fabiana Ramires, está no aguardo da reunião para que possa ter alguma informação. Segundo ela, está difícil ter certeza de alguma coisa. "Acredito que após a reunião teremos alguma informação concreta, porque até o momento sabemos pouco", descreveu.
Perguntada sobre o que gostaria de questionar durante a reunião, foi sucinta. "Só quero saber quanto tempo vai durar e se poderemos trabalhar." Sua preocupação é com o financeiro dos comerciantes. "Aqui muitos são autônomos, então precisam vender para ganhar seu dinheiro. Essa incerteza me causa muito medo e está assustando todos por aqui", afirmou a comerciante.
Os andares de cima do prédio serão demolidos manualmente. Foto: Fernanda Feltes/Jc
Apesar da reunião já estar marcada, o comerciante Luiz Carlos Dos Santos, não tem expectativas quanto ao que será dito pela prefeitura. "Já participei de outras reuniões sobre o edifício. Nessas ocasiões eles não aceitam tua opinião. Acabei indo apenas para escutar os pedidos dos órgãos públicos. No fim temos que acatar tudo o que dizem", contou o comerciante que trabalhou durante 40 anos no Esqueletão.
Ao longo dos anos, Dos Santos participou ativamente da tentativa de um possível término para a estrutura. Disse ter falado com a justiça por diversas vezes mas sem sucesso. "Minha preocupação é que, se por acaso, esse prédio entortar a gente vai ficar sem serviço. Da impressão que querem quebrar os outros prédios para abrir espaço para, futuramente colocar um maior no lugar", declarou.
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