Bárbara Lima e Thiago Müller
A Ecosul, concessionária que administra cinco praças na BR-116 e BR- 392, na região Sul do Rio Grande do Sul, afirmou, nesta quinta-feira (4), que o reajuste anual do pedágio, motivo que gerou protestos na quarta-feira em Camaquã e próximo à praça de Pedágio de Capão Seco, está previsto no contrato de concessão. A tarifa atual é de R$ 19,60 para veículos leves.
"O motivo do reajuste de 2024 ter sido de 28,9% é a recomposição dos reajustes não realizados em 2021 e 2023, além do atraso do reajuste de 2022, que ocorreu somente em novembro daquele ano. Ou seja, são quase quatro anos em um só reajuste", escreveu, em nota, a empresa. Sobre o contrato, a concessionária informa que "está à disposição para dialogar com os órgãos governamentais (União, Estado e prefeituras), entidades e lideranças sobre todas as melhorias possíveis no contrato de concessão."
Em entrevista ao Jornal do Comércio, em dezembro, a Ecosul afirmou que enviou uma nova proposta ao Ministério dos Transportes para renegociar o prazo de concessão por mais quinze anos. O pedido busca estender o acordo até 2041, mas o Ministério pode propor um prazo menor. A proposta inclui redução da tarifa já para 2024 e novas obras na BR-392 e na ponte sobre o Canal São Gonçalo, entre Pelotas e Rio Grande. Tanto a medida como o aumento do pedágio no início de 2024 causou revolta de motoristas, caminhoneiros, classe política e empresários da região Sul.