Um ato contra o aumento no preço do pedágio nas praças administradas pela Ecosul, na região Sul do Rio Grande do Sul, aconteceu na tarde desta quarta-feira (3). Uma das mobilizações ocorreu na BR-116, na entrada de Camaquã, em frente ao posto de gasolina SIM. O outro ponto de encontro dos manifestantes foi na BR-392, próximo à praça de pedágio do Capão Seco, entre Pelotas e Rio Grande.
"São manifestações envolvendo agentes políticos, agentes da comunidade e lideranças empresariais para mostrarmos nossa indignação contra o pedágio mais caro do Brasil. É um protesto pacífico que se soma aos mecanismos legais que já acionamos ", disse o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB), de Pelotas.
Com o aumento, a tarifa para carros leves está custando R$ 19,60, a mais cara do Brasil. O reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 26 de dezembro do ano passado e passou a valer em 1º de janeiro deste ano. Nesta quarta-feira, a concessionária Ecosul conseguiu na Justiça gaúcha uma liminar que impediu o bloqueio da rodovia perto da praça de pedágio de Capão Seco.
O deputado estadual Marcus Vinícius (PP) avaliou que o valor do pedágio afeta o desenvolvimento da região. "A nossa competitividade e as chances de crescimento acabam sucumbindo diante de uma situação em que a região Sul se torna a mais cara de empreender e investir no Estado", avaliou, ressaltando a necessidade de celeridade na análise judicial que a Ecosul responde junto à Justiça federal. "Precisamos de celeridade nesse processo que busca a ruptura contratual e uma nova concessão". Ele também defende a redução, em caráter liminar, do valor do pedágio.
O caminhoneiro e dono de uma transportadora em Camaquã, Sandro Antunes, esteve presente na manifestação e mostrou sua indignação com o valor dos pedágios. "É absurdo esse valor. Essa empresa inviabiliza o nosso setor de transporte e o setor agrícola na região sul. Queremos chamar a atenção de toda a sociedade gaúcha e da classe política. Queremos amenizar o impacto", afirmou. Os protestos foram acompanhados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).