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Publicada em 27 de Dezembro de 2023 às 12:57

Síndrome de Burnout em gestantes: quais os riscos à mulher e ao bebê?

Letícia e Cazarré esperam o sexto filho; stylist foi diagnosticada com Burnout

Letícia e Cazarré esperam o sexto filho; stylist foi diagnosticada com Burnout

Instagram/Reprodução/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
Exaustão. Essa é uma das palavras usadas para explicar a Síndrome de Burnout, popularmente associada a um mal que acomete trabalhadores submetidos à pressão e cobrança. Mas o Burnout não é algo restrito a problemas no ambiente profissional. Um exemplo recente é o da stylist Letícia Cazarré, casada com o ator Juliano Cazarré. Grávida do sexto filho, Letícia anunciou nesta semana que foi diagnosticada com Burnout.
Exaustão. Essa é uma das palavras usadas para explicar a Síndrome de Burnout, popularmente associada a um mal que acomete trabalhadores submetidos à pressão e cobrança. Mas o Burnout não é algo restrito a problemas no ambiente profissional. Um exemplo recente é o da stylist Letícia Cazarré, casada com o ator Juliano Cazarré. Grávida do sexto filho, Letícia anunciou nesta semana que foi diagnosticada com Burnout.
Nas gestantes, a síndrome de Burnout pode causar riscos à saúde da mulher e também ao bebê. “A grávida com Burnout pode ter depressão, ansiedade, hipertensão e pré-eclâmpsia, resultando em parto prematuro”, explica Gabriela Brum Rodrigues de Freitas, enfermeira assistencial com especialização em obstetrícia do Centro Obstétrico do Hospital Fêmina em Porto Alegre.
Outra doença que pode surgir é a diabetes gestacional. Conforme Gabriela, estudos mostram que, além da questão genética, o ambiente também pode influenciar o surgimento da diabetes.
O Burnout da mãe pode comprometer o desenvolvimento do feto. “O bebê que nasce prematuro é prematuro para sempre. Ele tem todo um desenvolvimento diferente dos outros que nascem a termo, afetando o sistema respiratório e favorecendo o surgimento de alergias que vão estar presentes durante a vida toda”, adverte Gabriela.
No caso de Letícia, os cinco primeiros filhos do casal têm idades entre 11 anos e 1 ano. A caçula do grupo passou os primeiros meses de vida internada devido a uma condição rara no coração, chamada Anomalia de Ebstein. “Ela (Letícia) tem cinco filhos pequenos, uma com uma doença cardíaca, e tem um trabalho invisível. O trabalho de mãe, que não é remunerado, também conta. Não é uma coisa que a pessoa consegue tirar férias ou folga, tem que exercer esse cargo 24 horas por dia”, pontua.
O período de gestação, geralmente envolto em alegria pela chegada de uma nova vida, também pode trazer medos, angústias e ansiedade. A mulher está trocando o papel de filha, de esposa, pelo de mãe, responsável por um pequeno ser, totalmente dependente dela nos primeiros anos.
Para evitar situações como a de Letícia, Gabriela diz que a gestante deve aceitar a ajuda de outras pessoas para tarefas do dia a dia, evitando assim ficar sobrecarregada. Quem convive com a grávida deve estar atento aos sinais que podem indicar um quadro de estresse. Quando o bebê nasce, é importante que a mãe tenha alguém com quem conversar, saindo um pouco da dedicação exclusiva à criança. “O mais importante é ela se sentir acolhida. Familiares, amigos, companheiros e companheiras da gestante devem manter esse olhar atento porque nem sempre a mulher que está em um período vulnerável vai saber pedir ajuda”, orienta.

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