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Publicada em 19 de Dezembro de 2023 às 10:51

Dezembro Laranja reforça importância da prevenção do câncer de pele

Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor são um dos sintomas do câncer de pele

Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor são um dos sintomas do câncer de pele

Freepik/Divulgação/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
O câncer de pele é o tipo mais comum da doença no Brasil e no mundo, atingindo principalmente pessoas acima de 40 anos. Entre os fatores para o desenvolvimento da doença estão a exposição ao sol em excesso, pele e olhos claros, com cabelo ruivo ou loiros, ser albino ou ter histórico familiar de câncer de pele. Para orientar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove o Dezembro Laranja, campanha que orienta sobre os sintomas e as formas de prevenção.
O câncer de pele é o tipo mais comum da doença no Brasil e no mundo, atingindo principalmente pessoas acima de 40 anos. Entre os fatores para o desenvolvimento da doença estão a exposição ao sol em excesso, pele e olhos claros, com cabelo ruivo ou loiros, ser albino ou ter histórico familiar de câncer de pele. Para orientar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove o Dezembro Laranja, campanha que orienta sobre os sintomas e as formas de prevenção.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele deve atingir cerca de 220 mil brasileiros no triênio 2023-2025. Serão 102 mil casos entre homens (29,9%) no País e 118 mil (32,7%) entre as mulheres.

Existem dois tipos de câncer de pele. O mais comum é o não melanoma, que tem baixa mortalidade e é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam a pele. Ele se subdivide em carcinomas basocelulares e espinocelulares. Já o melanoma, embora menos frequente, é mais agressivo, com pior prognóstico e índice de mortalidade mais alto.

O melanoma geralmente se caracteriza por uma ferida que não cicatriza ou alguma lesão que sangra. Já o câncer não melanoma está ligado a pintas escuras ou sinais que aumentam com o passar dos anos, causados por longos períodos de exposição solar.
“Muitas pessoas se expõem ao sol desde a infância sem os devidos cuidados, o que favorece o surgimento da doença após os 40 anos”, explica Sabrina Sanvido, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e coordenadora do Dezembro Laranja 2023.

Profissionais que trabalham sob o sol, como na construção civil, educadores físicos, garis, guardas de trânsito, agricultores, ambulantes, vendedores de praia, dentre outros, também apresentam risco de desenvolver câncer de pele.

A SBD recomenda o uso de filtro solar de no mínimo fator 30. A duração média do produto na pele é em torno de quatro horas, mas em situações de suor excessivo ou contato com a água é necessário reaplicar com intervalo menor de tempo. “Se estiver na piscina, no mar ou fizer alguma atividade esportiva é importante aplicar a cada duas horas”, afirma Sabrina.

Atualmente, há várias opções de protetor solar - creme, loção, gel ou spray – com filtros direcionados para determinado tipo de pele. O uso de chapéu e óculos escuros com lentes apropriadas também é essencial. Nos últimos anos, a indústria de vestuário desenvolveu tecidos especiais com proteção UV que oferecem uma barreira contra os raios. Mesmo com o uso de proteção, a SBD recomenda evitar a exposição solar entre 10h e 16h no verão.

Embora o câncer de pele esteja mais associado a pessoas brancas e de olhos claros, também ocorre entre negros. “Bob Marley morreu de um melanoma”, lembra Sabrina, citando o cantor jamaicano falecido em 1981 com apenas 36 anos. Bob Marley teve uma forma rara e agressiva de câncer de pele chamada melanoma acral lentiginoso (ALM).

A descoberta precoce da doença é fundamental. “As pessoas não sabem que o câncer de pele pode levar à morte. Acham que é só uma ‘pintinha’, um ‘sinalzinho’ e não fazem ideia que se não diagnosticar precocemente e não tratar isso pode evoluir, necessitando inúmeros procedimentos cirúrgicos e resultando até mesmo em mutilações”, adverte a dermatologista.

O diagnóstico é feito a partir de biópsia das áreas suspeitas e pode envolver a retirada de parte ou de toda a lesão. O tratamento varia de acordo com a extensão da doença, mas em grande parte dos carcinomas são procedimentos simples como remoção do tumor, curetagem, criocirurgia (destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido) e terapia fotodinâmica. Dependendo do tipo de câncer, o paciente pode ser submetido à radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

Nos casos de câncer melanoma metastático sem cura, os tratamentos oferecidos atualmente garantem maior tempo de vida e qualidade.
O Inca projetava, para 2023, 46,4 mil casos de câncer não melanoma na Região Sul - 22.810 no Rio Grande do Sul, 14,510 em Santa Catarina e 9.080 no Paraná. A estimativa para o melanoma nos três estados do Sul soma 2,4 mil casos, liderados por Santa Catarina (1.040), seguidos pelo Rio Grande do Sul (750) e Paraná (610).

Ambulatório de Dermatologia faz rastreamento dos casos de câncer de pele pelo SUS

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O ADS realiza o diagnóstico dos casos de câncer de pele e outros atendimentos à população. Foto: Tânia Meinerz/JC
O Ambulatório de Dermatologia Sanitária do Estado (ADS/RS) oferece vários serviços à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS). Localizado em Porto Alegre (av. João Pessoa, nº 1.327), o ADS atende na área da dermatologia, HIV/AIDS, infecções sexualmente transmissíveis e hanseníase.
Cristiane Cattani, médica dermatologista do ADS, explica que o diagnóstico dos casos de câncer de pele é feito através do exame clínico, dermatoscopia e biópsia da lesão suspeita. Para alguns casos, dependendo do tipo de câncer, pode-se realizar o tratamento ambulatorial.
Quando o diagnóstico da doença é positivo e havendo necessidade, os pacientes atendidos no ambulatório são encaminhados para a cirurgia oncológica. O procedimento é agendado através da Unidade Básica de Saúde (UBS). 
O Ambulatório participou da Campanha Nacional do Câncer de Pele, realizada no dia 2 de dezembro no bairro IAPI. A população que procurou atendimento na ocasião foi submetida a exame clínico,  dermatoscopia e biópsia quando necessário. Um mutirão de cirurgias foi realizado para os casos mais graves.

Fique atento aos sintomas do câncer de pele:

Manchas que coçam, descamam ou sangram;
Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
Feridas que não cicatrizam no período de 4 semanas.


O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas. Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure o mais rapidamente o profissional de saúde especialista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Fonte: Ministério da Saúde

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