Porto Alegre,

Anuncie no JC
Jornal do Comércio. O jornal da economia e negócios do RS. 90 anos.

Publicada em 14 de Dezembro de 2023 às 20:35

Calor extremo requer cuidados especiais também com os pets

Veterinários destacam a importância de evitar a desidratação e exposição direta ao sol

Veterinários destacam a importância de evitar a desidratação e exposição direta ao sol

ALEXANDRO AULER/JC
Compartilhe:
Mariana Dawas Vieira
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que o ano de 2023 será registrado como o mais quente até agora, além de bater recordes de índices de concentração de efeito estufa. Com ondas de calor recorrentes no Brasil e no Rio Grande do Sul, é importante que os donos de animais de estimação tenham cuidados a mais com seus pets.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que o ano de 2023 será registrado como o mais quente até agora, além de bater recordes de índices de concentração de efeito estufa. Com ondas de calor recorrentes no Brasil e no Rio Grande do Sul, é importante que os donos de animais de estimação tenham cuidados a mais com seus pets.
"Ondas de calor são definidas acima de 35°C, dias seguidos com temperaturas perto de 40°C não são corriqueiras, o que haverá nos próximos dias é algo extremo", comenta Estael Sias, meteorologista chefe da MetSul.
Profissionais veterinários destacam a importância de evitar desidratação e exposição direta ao sol em horários de calor mais intenso. A veterinária cardiologista Tayná Veronezi, da Pulsati Vet, relembra algumas atitudes importantes. "Durante o período de ondas de calor é essencial assegurar que o pet permaneça em ambientes bem arejados e protegidos da luz solar. Em dias de extremo calor, pode ser necessário colocar o pet em um ambiente climatizado, com ventilador ou ar condicionado em temperatura amena", comenta.
Ela destaca que passeios na rua devem ser feitos em períodos em que não há grande exposição ao sol, pelo início da manhã ou final da tarde. Há também produtos como protetores solares para os animais de pele clara - produto que deve ser indicado pelo veterinário. Outra ação essencial é manter os animais hidratados com água fresca, podendo colocar cubos de gelo para auxiliar a manter a temperatura baixa. Para gatos, em especial, é interessante investir em fontes de água corrente.
Além das atitudes preventivas, donos devem ficar atentos aos sinais clínicos, como ofegância persistente, salivação em excesso, gengivas secas, redução do apetite e demonstração de apatia. "O excesso de calor pode levar a um quadro grave de hipertemia, que é o superaquecimento do corpo e, mesmo tentando realizar a dissipação do calor através da ofegância, esse processo se torna ineficaz, por que os animais não transpiram pela pele como os humanos, o que dificulta a perda de calor em situações de calor extremo." Caso o pet demonstre sinais, é indicado que seja levado a um profissional.
A Comissão de Clínica de Pequenos Animais do CRMV-RS também destaca a atenção redobrada com filhotes, animais idosos e braquicefálicos, como pugs e bulldogs, pois sua anatomia dificulta a respiração.
"Mantenha os antiparasitários em dia, pois no verão aumenta a infestação por pulgas e carrapatos. A tosa pode ser uma boa aliada tanto na prevenção e visualização de ectoparasitas quanto ao calor, porém converse com seu veterinário se ela é indicada", destaca a médica veterinária Raquel Guarise, integrante da comissão.
Ela ressalta ainda que é importante relembrar das necessidades de animais de rua e, quando possível, buscar ofertar água fresca.
 

Notícias relacionadas