Foi apresentado, na manhã desta segunda-feira (11), o projeto de revitalização do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre na sede na instituição. A ação foi pensada juntamente com a comemoração dos 80 anos do hospital, que acontece em 2024. Um novo prédio será construído e o número de leitos deve dobrar.
Em média, o HPS atende cerca de 120 mil pessoas por ano, conta com 1 mil servidores e localiza-se em uma área de 19 mil metros quadrados anexa ao atual endereço. Na reforma, a primeira coisa a ser feita será a fachada do local. Para isso, será usada uma técnica especial, conhecida como retrofit, que alia tecnologia com materiais de qualidade para recuperar prédios antigos, preservando sua arquitetura original. O prefeito Sebastião Melo anunciou, durante o evento, que o retrofit será pago pela prefeitura da cidade. O valor gira em torno de R$ 5 milhões.
No total, serão necessários em torno de R$ 145 milhões para a revitalização completa. São 110 milhões para o novo prédio, 5 milhões para o retrofit e R$ 30 milhões para os equipamentos do hospital. "Importante ressaltar que isso é dinheiro de hoje. A medida que vai passando cada ano, esse valor pode mudar em função da inflação", lembrou Melo.
A nova estrutura contará com um novo prédio de 8 oito andares em uma área de 11 mil metros quadrados. Hoje, o HPS tem um custo mensal de R$ 16 milhões. Com a expansão, esse valor será maior, podendo até dobrar, de acordo com o prefeito.
Segundo a diretora-geral do Hospital de Pronto Socorro (HPS), Tatiana Breyer, a meta é fazer de 100 a 110 novos leitos para revitalização. "Hoje, contamos com 95 leitos, queremos que o número chegue a 200. Porém, o projeto de expansão depende da captação de recursos. Lançaremos uma campanha de sensibilização aos grandes empresários para que nos ajudem", relatou.
O prefeito traçou algumas estratégias para arcar com as despesas da reforma. "Primeiro, poderíamos destinar o valor de alguns conjuntos de imóveis que estão sob controle da prefeitura. Segundo, trazer o setor empresarial gaúcho para investir e, por último, o poder público, sejam as emendas municipais, os vereadores e os deputados estaduais e federais. Vamos procurar todas fontes possíveis", disse Melo.
A obra será dividida em duas partes. "A gente estima de seis a nove meses para a finalização do retrofit e a obra de construção do novo prédio e o anexo que precisa ser feito levarão três anos. Por isso, estamos lançando hoje. Para que possamos chegar em 2027 ou 2028 e entregar esse grande hospital para Porto Alegre", informou o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.