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Publicada em 07 de Dezembro de 2023 às 14:48

Ministério da Saúde faz consulta pública sobre vacina da dengue no SUS

Até o dia 4 deste mês, foram registrados 1.601.890 casos de dengue no País, com 1.053 óbitos

Até o dia 4 deste mês, foram registrados 1.601.890 casos de dengue no País, com 1.053 óbitos

MAURO PIMENTEL/AFP/JC
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O Ministério da Saúde realiza, a partir desta quinta-feira (7), uma consulta pública sobre a inclusão da vacina contra a dengue Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil enfrenta um aumento da doença transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Até o dia 4 deste mês, foram registrados 1.601.890 casos de dengue no País, com 1.053 óbitos. O Rio Grande do Sul tem 37.879 casos e 54 mortes. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde realiza, a partir desta quinta-feira (7), uma consulta pública sobre a inclusão da vacina contra a dengue Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil enfrenta um aumento da doença transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Até o dia 4 deste mês, foram registrados 1.601.890 casos de dengue no País, com 1.053 óbitos. O Rio Grande do Sul tem 37.879 casos e 54 mortes. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
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A consulta pública ficará aberta por dez dias. A proposta de incorporação da vacina é referente ao imunizante produzido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, aprovado pela Anvisa em março e indicado para a população dos 4 aos 60 anos. Além da Qdenga, já foi aprovada pela Anvisa a Dengvaxia, mas ela só pode ser aplicada em pessoas que já sofreram exposição ao vírus e que sejam da faixa etária dos 9 anos até 45 anos. Ambas só estão disponíveis na rede privada.
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Após reunião da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) nesta quarta-feira (6), diante do grande número de casos de dengue, foi feita a recomendação para que a Qdenga seja aplicada em regiões e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PIN).

Serão consideradas as regiões de maior incidência e transmissão do vírus e as faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. A limitação de pessoas a terem direito a receber a vacina pelo SUS leva em consideração ainda a disponibilidade de doses da Qdenga pelo fabricante.

Para que o imunizante seja incluído no SUS, a Conitec condicionou a proposta a uma redução nos preços pela Takeda, de forma que seja compatível com o PIN. A fabricante ofereceu um desconto, deixando cada dose por R$ 170,00, valor ainda alto e o dobro do pago por outras vacinas que fazem parte do programa.

A vacina QDenga é aplicada em duas doses com intervalo de 3 meses e confere redução da hospitalização em 84% dos casos, conforme apurado pela Conitec. A Takeda informou ao Ministério da Saúde que pode entregar no primeiro ano 8,5 milhões de doses, chegando a 50 milhões em cinco anos, com definição de público que terá direito.
 
Em nota, a Takeda informou que vê a decisão do parecer preliminar favorável da Conitec para disponibilização da Qdenga ao SUS como um passo importante para o acesso dos brasileiros a uma forma eficiente de prevenção à dengue. "A próxima etapa é a participação da sociedade na consulta pública, que estará aberta entre os dias 8 e 18 de dezembro. A empresa permanece disposta a contribuir para a definição de um modelo que viabilize a incorporação da vacina no PNI (Programa Nacional de Imunização), atendendo inicialmente os públicos prioritários e futuramente a toda a população elegível", afirma o laboratório.

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