Porto Alegre,

Anuncie no JC
Jornal do Comércio. O jornal da economia e negócios do RS. 90 anos.

Publicada em 06 de Dezembro de 2023 às 13:38

Obras na região central de Porto Alegre deixam comerciantes insatisfeitos

Maquinários estão dificultando a circulação das pessoas e prejudicando o dia a dia dos comerciantes

Maquinários estão dificultando a circulação das pessoas e prejudicando o dia a dia dos comerciantes

ARTHUR RECKZIEGEL/ESPECIAL/JC
Compartilhe:
Arthur Reckziegel
Arthur Reckziegel
A região do Centro Histórico de Porto Alegre está recebendo diversas obras que estão causando transtorno aos lojistas e clientes que frequentam o local. Entre as ruas afetadas, estão a Rua dos Andradas, a Uruguai e a José Montaury. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o serviço busca oferecer mais segurança contra vazamentos. “Na parte central da cidade, a rede de água é dos anos 1970. Redes antigas apresentam riscos de vazamentos eminentes. Logo, queremos prevenir qualquer tipo de problema futuro”, disse o diretor de planejamento e desenvolvimento do Dmae, Marco Faccin.
A região do Centro Histórico de Porto Alegre está recebendo diversas obras que estão causando transtorno aos lojistas e clientes que frequentam o local. Entre as ruas afetadas, estão a Rua dos Andradas, a Uruguai e a José Montaury. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o serviço busca oferecer mais segurança contra vazamentos. “Na parte central da cidade, a rede de água é dos anos 1970. Redes antigas apresentam riscos de vazamentos eminentes. Logo, queremos prevenir qualquer tipo de problema futuro”, disse o diretor de planejamento e desenvolvimento do Dmae, Marco Faccin.
Diversos comerciantes da região estão insatisfeitos com o prejuízo causado pela intervenção. O barulho, a sujeira e a dificuldade de acesso aos estabelecimentos pela calçada estão entre as principais reclamações. É o caso de Adriane Rodrigues Piccoli, sócia do restaurante Delícias 1000, localizado na rua José Montaury. "É insalubre trabalharmos em um local que vende comida com essa quantidade de pó vindo da rua. Por conta do barulho, não conseguimos nem falar com os clientes no caixa", relatou.
Além disso, Adriane questionou o porquê de as obras não serem realizadas em outro momento. “Dezembro é um mês em que precisamos pagar o décimo terceiro e as lojas estão vazias. Janeiro e fevereiro são meses muito mais tranquilos para que se possa fazer essas arrumações na calçada", disse a comerciante.
 
Faccin explica que a escolha da época segue um cronograma pré-estabelecido. “Quando alguma obra é finalizada, logo partimos para a próxima de forma sequencial. Se demorássemos para começar, talvez seria mais difícil e ocorreria um atraso bem maior para finalizar o processo. ”
O proprietário de restaurante, Silvio Soares Rocha, se mostrou descontente, principalmente com o fato de ter sido pego de surpresa pela intervenção. “Eu nem sabia dessa obra. Não fomos notificados individualmente. Quando eu vi, já tinham começado a fazer o serviço. Não tenho nenhuma informação de quando elas terminam, e, nesse meio tempo, como faço para pagar o aluguel? O movimento diminuiu muito. Não quero fechar as portas ”, destacou Rocha.
O discurso nas proximidades se assemelha muito entre os lojistas. Karina Santos, gerente do Buteco das Gurias, localizado na José Montaury, também diz não ter sido notificada e se sentiu muito prejudicada. “Nosso movimento caiu 60%. A gente não tem mais condições de manter nosso comércio desse jeito. Temos funcionários que dependem da gente.”
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), que é responsável pela notificação dos comerciantes em caso de intervenções, afirma que avisou todas as partes e convocou reuniões sobre as obras no chamado Quadrilátero Central de Porto Alegre.
Na Rua dos Andradas a situação não é diferente. O Lojista Hermínio Silva, disse estar extremamente aborrecido com a situação. “O transtorno que a prefeitura causa em plena época de Natal é uma vergonha. A cidade está virada em um canteiro de obras inacabadas”, relatou.
Na região da Andradas a obra já foi finalizada e cimentada provisoriamente até que recebesse o acabamento devido. Porém, o lojista criticou a ação. “Eles fazem um trabalho meia boca e as pessoas tem de pisar em cima. Já vimos cadeirantes tombarem e as pessoas idosas tropeçarem e caírem. Está muito perigoso”, afirmou Silva.
Segundo o diretor de planejamento e desenvolvimento do Dmae, a partir do dia 15 de dezembro os trabalhos serão concluídos na região e retomados apenas em janeiro na Avenida Borges de Medeiros.

Notícias relacionadas