RS terá chuva extrema a partir da semana que vem, com ondas de calor históricas no resto do País

Pelo terceiro mês seguido, a temperatura atingirá marcas extremas em algumas regiões e nesse período, com marcas entre 10ºC a 15ºC acima das médias históricas em algumas tardes.

Por JC

Fotos da tempestade em Porto Alegre.
O Sul do Brasil passará por enorme convergência de umidade e chuva extrema a partir da semana que vem, enquanto no resto do País a previsão é de uma onda de calor histórica, conforme aponta a MetSul Meteorologia. Pelo terceiro mês seguido, a temperatura atingirá marcas extremas em algumas regiões e, nesse período, foi projetado temperaturas máximas fora do comum mesmo em cidades habituadas ao calor intenso, chegando em marcas entre 10ºC a 15ºC acima das médias históricas em algumas tardes
No estado rio-grandense, a chuva retorna também antes disso, nesta quarta-feira (08). Ainda segundo a MetSul, o motivo, diferentemente da semana que vem, será o deslocamento de uma frente fria associada a um ciclone nas Ilhas Malvinas. Conforme a previsão, a chuva atingirá cidades como Bagé, Santana do Livramento, Jaguarão, Chuí, Pelotas e Uruguaiana. Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) comunicou, às 10h de hoje, um alerta de tempestade abrangendo quase totalidade do Estado, do Oeste catarinense e do Sudoeste paranaense. Segundo o Instituto, será esperado chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 até 60 km/h e queda de granizo, porém, um baixo risco de corte de energia e danos materiais. O alerta termina na quinta-feira (9).
O instituto também recomenda que as pessoas não se abriguem embaixo de árvores, pois o período terá um leve risco de descargas elétricas, nem estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Quaisquer informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Ondas de calor no resto do País
Até sexta-feira (10), o calor se concentrará em áreas do Centro-Oeste e do interior de São Paulo. A previsão é que, a partir do fim de semana, a massa de ar quente se amplie e as máximas passem a alcançar outras áreas. Isso acontece porque a tendência é que ela ganhe força e se expanda a partir de sábado.
Embora já faça calor em muitas áreas do Sudeste do Brasil entre esta quarta-feira (8) e sexta, as temperaturas se elevam acentuadamente a partir de sábado (11), quando as máximas vão passar dos 40ºC em várias cidades do interior de São Paulo. O mesmo deve ocorrer com Belo Horizonte, que pode bater em 36ºC ou 37ºC no sábado.
A temperatura deve se elevar ainda mais durante a semana que vem com marcas extremamente altas e potenciais recordes em várias cidades de diferentes estados.
Assim como nos episódios extremos de setembro e outubro, uma bolha de calor ou cúpula de calor será responsável pelas temperaturas extraordinariamente altas previstas para o Centro do Brasil. Uma área de alta pressão em altitude, típica de bolhas de calor, atuará entre o Sudeste e o Centro-Oeste enquanto no Sul do Brasil haverá enorme convergência de umidade e chuva extrema.
Com isso, os valores de temperatura que devem ser alcançados na próxima semana e ao redor da metade deste mês no Centro do Brasil podem ser absurdamente elevados, e em níveis não antes vistos, com registros em algumas cidades tão altos quanto 45ºC a 46ºC ou mais. Trata-se, assim, de evento de calor muito fora do comum e potencialmente a onda de calor mais intensa a atingir o Brasil em máximas nominais desde o começo das medições meteorológicas, no começo do século XX.
Ainda, evidências de estudos, conforme explica o Metsul, sugerem que a mudança climática está aumentando a frequências de cúpulas de calor intensas. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.
O instituto advertiu que o nível de calor esperado nessas regiões para os próximos dias em muitas áreas do território brasileiro atingirá patamar extremamente perigoso à saúde e à vida com elevado risco para população vulnerável, como enfermos e idosos.