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Em Porto Alegre, ativistas ambientais cobram do governo medidas contra os efeitos climáticos
Mobilização reuniu dezenas de ativistas e manifestantes no centro da cidade
Ativistas ambientais se reuniram, na tarde desta sexta-feira (03), em Porto Alegre, para cobrar do governo do Estado do Rio Grande do Sul mais medidas para evitar e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Com a chuva, a marcha, que estava prevista para iniciar no Mercado Público, no centro, foi adiada. Em vez disso, dezenas de manifestantes se encontraram no auditório do Sindibancários para debater a necessidade de um ‘decreto de emergência climática’ e de uma transição energética no Estado. Por volta das 15h, com a trégua na chuva, eles saíram em marcha até o Piratini enquanto gritavam palavras de ordem e levantavam cartazes com as frases: “Transição energética limpa” e “Mais carvão = Mais Enchentes”.
Segundo Jonathan Feijó, cofundador do Eco Pelo Clima, movimento que convocou a mobilização, os principais objetivos são o decreto de emergência climática no Rio Grande do Sul por meio da aprovação do Projeto de Lei 23/2023 e uma transição energética que seja limpa, mas também justa e popular. “A partir do decreto, podemos pensar ações significativas de combate à mudança climática e também de adaptação aos fenômenos. A ideia é que o governador entenda que as pessoas estão, sim, preocupadas com o que está acontecendo”, pondera.
O cofundador do Eco Pelo Clima acrescenta: “Não basta ter transição energética. Os moradores tradicionais da Lagoa dos Patos, por exemplo, estão com o seu estilo de vida ameaçado porque os parques eólicos são construídos sem consulta à população que mora na região”, explica. Ele afirma, ainda, que a marcha foi uma demanda da audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que ocorreu no dia 18 de setembro, e que outras ações serão realizadas, como uma coalizão de todos os agentes interessados no assunto. “Temos uma agenda de atividades para que a mobilização não cesse. Assim, podemos pressionar o governo”, diz.
O estudante Arthur, de apenas 12 anos, foi à manifestação e se mostra preocupado com o futuro da sua geração. “Está tudo estranho. Eu acho importante lutar, porque se não começar a lutar agora, não vamos ter mais mundo para viver. Com o que está acontecendo com as emergências climáticas, o mundo pode acabar.” Ainda segundo ele, são poucas as crianças da sua escola que se mobilizam pela causa ambiental. “Acredita que são poucas? Bem pouquinhas”, enfatiza.
Para o guarani Cristiano Kuaray, a união entre os povos, indígenas e não indígenas, é essencial para combater os efeitos das mudanças climáticas e pressionar governos em busca de soluções. “ É muito importante que todos se movimentem, que busquem estratégias para o futuro”. Ele também destaca que os governantes deveriam “ouvir mais os povos originários que entendem desse assunto. Assim, teríamos mais apoio”. Durante o ato, houve um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em setembro, no maior desastre ambiental do Estado nas últimas décadas.
Segundo Jonathan Feijó, cofundador do Eco Pelo Clima, movimento que convocou a mobilização, os principais objetivos são o decreto de emergência climática no Rio Grande do Sul por meio da aprovação do Projeto de Lei 23/2023 e uma transição energética que seja limpa, mas também justa e popular. “A partir do decreto, podemos pensar ações significativas de combate à mudança climática e também de adaptação aos fenômenos. A ideia é que o governador entenda que as pessoas estão, sim, preocupadas com o que está acontecendo”, pondera.
O cofundador do Eco Pelo Clima acrescenta: “Não basta ter transição energética. Os moradores tradicionais da Lagoa dos Patos, por exemplo, estão com o seu estilo de vida ameaçado porque os parques eólicos são construídos sem consulta à população que mora na região”, explica. Ele afirma, ainda, que a marcha foi uma demanda da audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que ocorreu no dia 18 de setembro, e que outras ações serão realizadas, como uma coalizão de todos os agentes interessados no assunto. “Temos uma agenda de atividades para que a mobilização não cesse. Assim, podemos pressionar o governo”, diz.
O estudante Arthur, de apenas 12 anos, foi à manifestação e se mostra preocupado com o futuro da sua geração. “Está tudo estranho. Eu acho importante lutar, porque se não começar a lutar agora, não vamos ter mais mundo para viver. Com o que está acontecendo com as emergências climáticas, o mundo pode acabar.” Ainda segundo ele, são poucas as crianças da sua escola que se mobilizam pela causa ambiental. “Acredita que são poucas? Bem pouquinhas”, enfatiza.
Para o guarani Cristiano Kuaray, a união entre os povos, indígenas e não indígenas, é essencial para combater os efeitos das mudanças climáticas e pressionar governos em busca de soluções. “ É muito importante que todos se movimentem, que busquem estratégias para o futuro”. Ele também destaca que os governantes deveriam “ouvir mais os povos originários que entendem desse assunto. Assim, teríamos mais apoio”. Durante o ato, houve um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em setembro, no maior desastre ambiental do Estado nas últimas décadas.
A manifestação teve apoio das organizações 350.org, ClimaInfo e IDEC e faz parte de uma onda de mais de 170 ações, que serão realizadas em pelo menos 60 países, em novembro e dezembro, sob a liderança de comunidades atingidas pela crise climática e com apoio da 350.org.
“É uma pauta que não tem a prioridade que deveria”, afirma deputado sobre debate ambiental na ALRS
O deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) participou do ato e da marcha que reivindicou mais ações do governo para combater as mudanças climáticas no Estado. Segundo ele, essa “é uma pauta que não tem a prioridade que deveria” dentro do Parlamento gaúcho. “É um debate menosprezado, isso tem um custo para a população”, reflete.
Ele disse ainda que nenhum projeto foi votado no plenário sobre o tema este ano e considera que o Projeto de Lei para declarar emergência climática no Rio Grande do Sul (PL 23/2023), que encontra-se parado na Assembleia Legislativa do estado, poderia tramitar mais rapidamente na Casa se o governo tornasse a pauta ambiental uma prioridade. “Nosso PL foi apresentado no primeiro dia de legislatura, já poderia ter um parecer e estar pronto para votar, mas não aconteceu”, conta.
Gomes defende que o reconhecimento formal a partir da aprovação do PL pode mobilizar a sociedade como um todo. “É uma medida que terá impacto, porque todas as áreas, então, precisam estar mobilizadas. O planejamento ambiental precisa balizar as intervenções do governo nas outras áreas”, analisa.
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