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Publicada em 24 de Novembro de 2023 às 19:29

Parte de barragem rompe em assentamento em Viamão

A água está sendo dissipada para a área de campo e posteriormente para o rio Gravataí

A água está sendo dissipada para a área de campo e posteriormente para o rio Gravataí

Sema/Divulgação/RS
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
Atualizada às 21h10min
Atualizada às 21h10min
O rompimento do vertedouro da Barragem Filhos de Sepé após as fortes chuvas provocou grandes prejuízos às lavouras de arroz orgânico e à criação de gado no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão. No local, vivem 376 famílias de assentados.

Segundo Ivan Carlos Prado Pereira, presidente da associação dos moradores do assentamento, o vazamento, que ocorreu em decorrência do grande volume de água dos últimos dias, não representa risco à população, mas afeta a produção no local. “Temos hoje abaixo de água aproximadamente 800 hectares de arroz orgânico e mais 800 hectares de campo de gado. O prejuízo será avaliado quando a água baixar, mas é terrível”, lamenta.

Pereira destaca que a barragem é a segurança hídrica da bacia do Gravataí. “Na estiagem, ela, foi responsável por garantir a água nas torneiras da população da Região Metropolitana. A barragem tem sua função social e econômica e ambiental e necessita urgentemente de investimento em reformas estruturais”, afirma.

A barragem é de responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O presidente da associação dos moradores do assentamento diz que a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a gestora da bacia do Gravataí estão dando apoio e o governo federal, por meio do Incra, está fornecendo recursos para os reparos.

Nesta sexta-feira, técnicos da Sema sobrevoaram a área de helicóptero para analisar o possível comprometimento de outros pontos da estrutura. Além do sobrevoo, foi feita uma vistoria da área por terra.
A secretaria informou que a água está sendo dissipada para a área de campo e posteriormente para o rio Gravataí. Segundo a nota da Sema, o empreendedor foi orientado e notificado a adotar medidas emergenciais para garantir a integridade da estrutura, conforme a Lei de Segurança de Barragens.

“A barragem já era monitorada pelo Estado que, após os temporais de setembro, intensificou as vistorias no local. A Sema informa que a obra não tinha licença ambiental e outorga, e que já havia autuado o empreendedor para que o mesmo adotasse as medidas administrativas necessárias para a regularização. A Sema seguirá acompanhando o caso, com novas vistorias previstas para ocorrerem nos próximos dias”, diz a secretaria na nota.

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