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Publicada em 25 de Novembro de 2023 às 11:13

Vacinas contra a dengue ainda não chegaram ao SUS

Até o momento, tanto a Dengvaxia quanto a Qdenga só estão disponíveis na rede privada

Até o momento, tanto a Dengvaxia quanto a Qdenga só estão disponíveis na rede privada

MICHEL CORVELLO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
A dengue não possui um tratamento específico ainda, de acordo com o Ministério da Saúde. Com a confirmação do diagnóstico, por meio de exames laboratoriais, é feita a reposição volêmica adequada, que consiste na introdução de líquidos por via intravenosa, levando em consideração qual o estágio da doença, os sinais e sintomas apresentados pelo paciente.
A dengue não possui um tratamento específico ainda, de acordo com o Ministério da Saúde. Com a confirmação do diagnóstico, por meio de exames laboratoriais, é feita a reposição volêmica adequada, que consiste na introdução de líquidos por via intravenosa, levando em consideração qual o estágio da doença, os sinais e sintomas apresentados pelo paciente.
Entre as medidas adotadas estão o repouso enquanto durar a febre; ingestão de líquidos e uso de paracetamol ou dipirona se houver dor ou febre. Não deve ser administrado ácido acetilsalicílico aos doentes e a orientação é que os pacientes procurem o serviço de saúde imediatamente em caso de sinais de alarme. Pode ser necessário internação para acompanhamento clínico adequado nos quadros graves.
Existem duas formas de evitar a transmissão da dengue. Uma delas é evitar a proliferação do mosquito, o que é feito por meio de ações como não deixar água em vasos, potes e outros recipientes onde o Aedes possa depositar os ovos; passar repelente e usar roupas com mangas compridas e calças.
A outra maneira de evitar a dengue é a vacinação. Existem dois imunizantes já aprovados no Brasil. O primeiro foi o Dengvaxia, que só pode ser aplicado em pessoas que já sofreram exposição ao vírus, tendo apresentado os sintomas da doença ou não, e na faixa etária a partir de 9 anos até 45 anos.
Em março, a Anvisa aprovou a vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharma, composta pelos quatro sorotipos do vírus. A QDenga protege uma parcela maior da população, inclusive aqueles que nunca tiveram a doença.
“A Qdenga é indicada para indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade. É a vacina mais estudada do mundo com resultados positivos e redução nas hospitalizações, recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, de Imunização, Medicina Tropical e Infectologia e em outubro pela OMS”, destaca a diretora médica da Takeda Brasil, Vivian Lee.
Até o momento, tanto a Dengvaxia quanto a Qdenga só estão disponíveis na rede privada. Para a imunização contra a Dengvaxia são três doses e o valor aproximado de cada uma é de R$ 150,00. A Qdenga deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de três meses, custa em torno de R$ 360,00 cada uma.
A Takeda aguarda decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incluir a QDenga no Sistema Único de Saúde (SUS). A Comissão deve concluir a avaliação até janeiro de 2024, podendo estender as análises até abril. Após a aprovação pela Conitec, ainda é preciso passar por outras instâncias de liberação do Ministério da Saúde.
Além disso, desde 2009 o Instituto Butantan desenvolve uma vacina contra a dengue, agora na reta final. Mais de 10 mil pessoas receberam a Butantan-DV na fase 3 de testes, das quais apenas três (menos de 0,1%) apresentaram eventos adversos graves. Segundo o Butantan, todos se recuperaram totalmente.

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