Além do Guaíba avançar pelas ruas que margeiam Porto Alegre, a tubulação da cidade começa a ficar comprometida pelo volume de água. Os bueiros do bairro Praia de Belas transbordam perto da Aureliano de Figueiredo Pinto.
Os pedestres têm dificuldades, inclusive, de circular pelas calçadas, já que o alagamento ultrapassa o meio fio. As ruas laterais, como a Doutora Rita Lobato e a André Belo, também registram poças. Para evitar molhar os pés, é preciso saltar sobre a água.
Maurício Loss, diretor geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), explica que a situação se deve aos limites dos condutos forçados da rua Álvaro Chaves e da avenida Polônia.
“O conduto é uma grande galeria onde a água vem a pleno, pressurizada por gravidade, que desagua direto no Guaíba. Só que devido à força do Guaíba, no nível que está, a água acaba represando ou até voltando”, explica o diretor.
O extravasamento, segundo ele, gera alagamentos e, por consequência, a água que transborda dos condutos cai na rede de micro drenagem (as bocas de lobo) e nas casas de bomba, daí sim, conseguem botar para fora. "Por isso que estamos, de certa forma, conseguindo manter o nível, não está alagando sem parar”, detalha.
A outra situação, conforme Loss, é que o Arroio Dilúvio não está conseguindo escoar o que ficou das enchentes. “Está afogando as redes que desembocam no Arroio. Então, estamos tendo represamento e as redes que desaguam ali ficam cheias e ocorre esse transbordamento em algumas ruas”, expõe.
Apesar do dia estar quente e com sol, a previsão para esta quarta-feira é de chuva, o que pode deixar a situação mais desafiadora.