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Publicada em 15 de Novembro de 2023 às 17:27

Com foco em saldões, Feira do Livro de Porto Alegre tem movimento intenso no último dia

Até domingo (12), mais de 178 mil livros foram vendidos pelos 75 expositores na Praça da Alfândega

Até domingo (12), mais de 178 mil livros foram vendidos pelos 75 expositores na Praça da Alfândega

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Bárbara Lima Repórter
O último dia da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre teve movimento intenso na Praça da Alfândega, no centro da cidade. Nem a chuva espantou os leitores, que nesta quarta-feira (15), feriado em comemoração à Proclamação da República, buscavam saldões e as clássicas ofertas do final da feira. Os números finais serão divulgados em coletiva nesta quinta-feira (16), mas o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, espera que as vendas alcancem o resultado do ano passado, quando a feira vendeu 40% a mais que em 2019, último ano do evento antes da pandemia. “A feira foi um sucesso durante os 20 dias. E nesse último dia é sempre uma expectativa porque tem os saldos e promoções de última hora”, ponderou. Até o último domingo, quando foi feita a contabilização, mais de 178 mil livros foram vendidos pelos 75 expositores. “Choveu em praticamente 35% dos dias, isso tira público, mas nossas atividades estavam todas lotadas mesmo com chuva”, refletiu Ledur. “O sentimento é de dever cumprido. Para o ano que vem esperamos que seja ainda melhor e maior por se tratar de uma data comemorativa”, disse, apontando para os 70 anos de feira.
O último dia da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre teve movimento intenso na Praça da Alfândega, no centro da cidade. Nem a chuva espantou os leitores, que nesta quarta-feira (15), feriado em comemoração à Proclamação da República, buscavam saldões e as clássicas ofertas do final da feira. Os números finais serão divulgados em coletiva nesta quinta-feira (16), mas o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, espera que as vendas alcancem o resultado do ano passado, quando a feira vendeu 40% a mais que em 2019, último ano do evento antes da pandemia.

“A feira foi um sucesso durante os 20 dias. E nesse último dia é sempre uma expectativa porque tem os saldos e promoções de última hora”, ponderou. Até o último domingo, quando foi feita a contabilização, mais de 178 mil livros foram vendidos pelos 75 expositores.

“Choveu em praticamente 35% dos dias, isso tira público, mas nossas atividades estavam todas lotadas mesmo com chuva”, refletiu Ledur. “O sentimento é de dever cumprido. Para o ano que vem esperamos que seja ainda melhor e maior por se tratar de uma data comemorativa”, disse, apontando para os 70 anos de feira.
Horário estendido agrada livreiros

A Feira do Livro de Porto Alegre, além de ter mais dias, teve horário estendido nesta edição, das 10h às 20h (nas anteriores, os estandes abriam 12h) e isso agradou os livreiros que expõem no evento. A livreira Denise Filippini, da banca Erico Verissimo, afirmou que a chuva afastou um pouco os clientes, mas que, ainda assim, não há do que reclamar.

“A feira está muito boa. O novo horário fez toda a diferença, mesmo com os dias de chuva. O retorno foi significativo”, explicou. Ela disse que este ano os leitores buscaram muitos exemplares sobre a história do Rio Grande do Sul. “Foi ótimo, a gente espera o ano todo por esse momento. É quando temos contato com o cliente, porque muitos fazem o rancho do ano aqui”, disse.

Para o livreiro da banca Entrelinhas, Guima Beineke, os primeiros e os últimos dias foram bons. “A feira é sempre algo bom, mesmo nos dias ruins, é bom”, afirmou. Segundo ele, em relação à feira anterior, as vendas foram estáveis e a redução de expositores tem um lado bom e outro ruim. “Para o consumidor está mais pobre, mas menos bancas significa menos concorrentes, gera um equilíbrio”, ponderou.

Na estatística dia a dia, ele disse que as vendas pioraram, mas com o aumento nos dias de feira (foram quatro a mais), os números ficaram balanceados. Os dados divulgados pela organização corroboram a afirmação. Até domingo passado, o número de livros vendidos por dia caiu 6% em relação ao ano passado. A média diária de livros vendidos até a mesma data foi de 2.442 unidades.

Frequentador assíduo da Feira do Livro, o ex-governador Olívio Dutra estava presente no último dia e só não foi em quatro dias durante o evento. “Em todos comprei algum livro. É um espaço muito instigante e aconchegante, desperta novos leitores e faz com que possamos conhecer novos autores”, afirmou. Nessa passagem, ele comprou um livro sobre a história das Cruzadas. “Quero conhecer a fundo a história, não é possível que o mundo seja sempre um mundo de violência”, refletiu.

O interesse pelo Oriente Médio, inclusive, cresceu com a guerra entre Israel e Hamas e foi notado pelos feirantes, que receberam pedidos de livros específicos daquela região. Esse é o caso de Eduardo Soares, que estava em busca do título Questão da Palestina. “Edward Said é provavelmente o escritor palestino mais conhecido no ocidente e uma das pessoas vivas que mais conhece sobre o conflito. É um tema que está em debate e queria me informar sobre isso”, afirmou, ressaltando que comprou seis obras no saldão por apenas R$ 20. “Sempre venho no último dia para aproveitar. Acho bonito como a cidade se mobiliza pela Feira. Estava lotada de pessoas de todos os tipos e todas idades que prestigiam a cultura”, contextualizou.

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