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Segurança

- Publicada em 08 de Novembro de 2023 às 17:11

Governo do RS implementa PPCI do Palácio Piratini

A iniciativa já está em andamento, mas muitos procedimentos de segurança passaram por alterações para preservar o prédio tombado

A iniciativa já está em andamento, mas muitos procedimentos de segurança passaram por alterações para preservar o prédio tombado


CARLOS CHAVES/JC
De acordo com a governo do Estado, no último mês foi oficializada a implantação do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) do Palácio Piratini. O projeto, que já está em execução, contempla as alas Governamental e Residencial e é executado pelas empresas Arquium e RSB Soluções. A realização foi viabilizada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
De acordo com a governo do Estado, no último mês foi oficializada a implantação do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) do Palácio Piratini. O projeto, que já está em execução, contempla as alas Governamental e Residencial e é executado pelas empresas Arquium e RSB Soluções. A realização foi viabilizada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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O projeto executivo do PPCI foi elaborado por servidores do Departamento de Conservação e Memória do Patrimônio Cultural do Palácio Piratini a partir de análises e estudos técnicos. Um dos principais desafios ao longo da elaboração da proposta foi atender às normas de segurança exigidas por lei sem agredir a edificação histórica, que é tombada nos âmbitos estadual e federal. A contratação de duas empresas, sendo uma especializada em restauro e outra na realização de projetos de proteção contra incêndio, foi uma das formas de assegurar o correto cumprimento da legislação e a salvaguarda da sede do Executivo.

“Existe uma exigência do Instituto do Patrimônio Histórico do Estado (Iphae) de que qualquer obra no Palácio Piratini seja tratada como obra de restauro, portanto, deve ser executada por uma empresa especializada. Por esse motivo, está no contrato que a empresa de restauro, a Arquium, ficará responsável por orientar e supervisionar a execução de toda a obra”, explicou o arquiteto responsável, Márcio Brum de Mello.

Para proporcionar esse equilíbrio, também foram necessárias algumas adaptações técnicas. Em função das peculiaridades próprias de uma edificação histórica, a implantação de um meio de armazenamento de água para abastecer hidrantes e mangotinhos tornou-se inviável. Por esse motivo, algumas medidas compensatórias foram propostas pelos técnicos e aprovadas pelo Corpo de Bombeiros, como a ampliação do número de extintores de incêndio e a implantação de um sistema de detecção e alarme de incêndio wireless que abrange todos os ambientes do edifício.

O projeto ainda considera a utilização de outras ferramentas extras de proteção. Em um dos pontos considerados mais vulneráveis a incêndios, na Ala Governamental, está prevista a instalação de bolas extintoras preenchidas com substância química que evita a propagação de chamas, com abrangência de 360 graus. Também está programada a colocação de um cabo detector de temperatura ao longo dos quatro pavimentos da Ala Governamental, que acionará uma central de alarme em caso de superaquecimento de qualquer ponto da estrutura elétrica, antecipando possíveis riscos.

Para cobrir a área de 7 mil metros quadrados que compõem as duas edificações principais do Palácio Piratini, também serão instalados, ao todo, 108 extintores de incêndio, 424 placas de sinalização, 150 luminárias de emergência, 304 detectores pontuais e lineares de fumaça, gás e temperatura, além de 50 acionadores manuais e de 26 avisadores sonoros e visuais de alarme de incêndio. Em paralelo às obras, ainda haverá formação de brigadistas e a criação de um plano de emergência.

O ato de assinatura dos contratos, que marcou o início oficial dos trabalhos, ocorreu no dia 20 de outubro e teve as presenças do diretor do Palácio Piratini, Mateus Gomes, do presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), Miguel Frederico do Espírito Santo, e de representantes das duas empresas responsáveis pela obra.

Projeto foi elaborado com o IHGRGS

A implantação do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) do Palácio Piratini (Pronac 185355) foi viabilizada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com os patrocínios de Gerdau e Banrisul Pagamento/Vero e com o copatrocínio de Santander Brasil. O projeto cultural foi desenvolvido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), que desde 2016 mantém com o Palácio um protocolo para realização de ações conjuntas voltadas para a proteção do patrimônio tombado da sede do governo.

“Com a execução do projeto de implantação do plano de prevenção contra incêndio no Palácio Piratini, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul reafirma um de seus mais importantes papéis na sociedade, a defesa do patrimônio cultural do nosso Estado. Salvaguardar o Palácio Piratini é proteger não somente uma edificação centenária, o que já seria relevante, mas também proteger a memória do Rio Grande do Sul, da sede dos acontecimentos e decisões políticas ao longo da nossa história”, avaliou o presidente do IHGRGS, Miguel Frederico do Espírito Santo.

Entre as contrapartidas do IHGRGS previstas no projeto está a realização de um minicurso que vai tratar sobre proteção contra danos e ações de conservação no Palácio Piratini e de seus bens integrados. A formação será ofertada a todos os interessados no início e no final do projeto, com datas e horários que serão divulgados oportunamente. O objetivo da atividade é convidar e sensibilizar o público para a participação nas ações de preservação do palácio.