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Clima

- Publicada em 08 de Novembro de 2023 às 16:23

RS terá chuva extrema a partir da semana que vem, com ondas de calor históricas no resto do País

No sul do país haverá enorme convergência de umidade, enquanto bolha de calor atingirá outras regiões

No sul do país haverá enorme convergência de umidade, enquanto bolha de calor atingirá outras regiões


LUIZA PRADO/JC
O Sul do Brasil passará por enorme convergência de umidade e chuva extrema a partir da semana que vem, enquanto no resto do País a previsão é de uma onda de calor histórica, conforme aponta a MetSul Meteorologia. Pelo terceiro mês seguido, a temperatura atingirá marcas extremas em algumas regiões e, nesse período, foi projetado temperaturas máximas fora do comum mesmo em cidades habituadas ao calor intenso, chegando em marcas entre 10ºC a 15ºC acima das médias históricas em algumas tardes. 
O Sul do Brasil passará por enorme convergência de umidade e chuva extrema a partir da semana que vem, enquanto no resto do País a previsão é de uma onda de calor histórica, conforme aponta a MetSul Meteorologia. Pelo terceiro mês seguido, a temperatura atingirá marcas extremas em algumas regiões e, nesse período, foi projetado temperaturas máximas fora do comum mesmo em cidades habituadas ao calor intenso, chegando em marcas entre 10ºC a 15ºC acima das médias históricas em algumas tardes
No estado rio-grandense, a chuva retorna também antes disso, nesta quarta-feira (08). Ainda segundo a MetSul, o motivo, diferentemente da semana que vem, será o deslocamento de uma frente fria associada a um ciclone nas Ilhas Malvinas. Conforme a previsão, a chuva atingirá cidades como Bagé, Santana do Livramento, Jaguarão, Chuí, Pelotas e Uruguaiana. Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) comunicou, às 10h de hoje, um alerta de tempestade abrangendo quase totalidade do Estado, do Oeste catarinense e do Sudoeste paranaense. Segundo o Instituto, será esperado chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 até 60 km/h e queda de granizo, porém, um baixo risco de corte de energia e danos materiais. O alerta termina na quinta-feira (9).
O instituto também recomenda que as pessoas não se abriguem embaixo de árvores, pois o período terá um leve risco de descargas elétricas, nem estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Quaisquer informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Ondas de calor no resto do País
Até sexta-feira (10), o calor se concentrará em áreas do Centro-Oeste e do interior de São Paulo. A previsão é que, a partir do fim de semana, a massa de ar quente se amplie e as máximas passem a alcançar outras áreas. Isso acontece porque a tendência é que ela ganhe força e se expanda a partir de sábado.
Embora já faça calor em muitas áreas do Sudeste do Brasil entre esta quarta-feira (8) e sexta, as temperaturas se elevam acentuadamente a partir de sábado (11), quando as máximas vão passar dos 40ºC em várias cidades do interior de São Paulo. O mesmo deve ocorrer com Belo Horizonte, que pode bater em 36ºC ou 37ºC no sábado.
A temperatura deve se elevar ainda mais durante a semana que vem com marcas extremamente altas e potenciais recordes em várias cidades de diferentes estados.
Assim como nos episódios extremos de setembro e outubro, uma bolha de calor ou cúpula de calor será responsável pelas temperaturas extraordinariamente altas previstas para o Centro do Brasil. Uma área de alta pressão em altitude, típica de bolhas de calor, atuará entre o Sudeste e o Centro-Oeste enquanto no Sul do Brasil haverá enorme convergência de umidade e chuva extrema.
Com isso, os valores de temperatura que devem ser alcançados na próxima semana e ao redor da metade deste mês no Centro do Brasil podem ser absurdamente elevados, e em níveis não antes vistos, com registros em algumas cidades tão altos quanto 45ºC a 46ºC ou mais. Trata-se, assim, de evento de calor muito fora do comum e potencialmente a onda de calor mais intensa a atingir o Brasil em máximas nominais desde o começo das medições meteorológicas, no começo do século XX.
Ainda, evidências de estudos, conforme explica o Metsul, sugerem que a mudança climática está aumentando a frequências de cúpulas de calor intensas. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.
O instituto advertiu que o nível de calor esperado nessas regiões para os próximos dias em muitas áreas do território brasileiro atingirá patamar extremamente perigoso à saúde e à vida com elevado risco para população vulnerável, como enfermos e idosos.