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Sustentabilidade

- Publicada em 08 de Novembro de 2023 às 16:00

Prefeitura da Capital prevê economia de R$ 3,6 milhões por ano com energia limpa

Projetos de energia limpa foram apresentados em ato no Paço Municipal nesta quarta-feira

Projetos de energia limpa foram apresentados em ato no Paço Municipal nesta quarta-feira


Pedro Piegas / PMPA/ Divulgação/ JC
A prefeitura de Porto Alegre anunciou, na tarde desta quarta-feira (8), que irá promover projetos de energia limpa nos prédios públicos da administração. O objetivo é trazer economia aos cofres públicos e reduzir a emissão de CO2. De acordo com o Executivo municipal, serão poupados R$ 3.6 milhões por ano e a estimativa é de que haja redução de 3 milhões de toneladas anuais na emissão de CO2, um dos principais gases poluentes da atmosfera. 
A prefeitura de Porto Alegre anunciou, na tarde desta quarta-feira (8), que irá promover projetos de energia limpa nos prédios públicos da administração. O objetivo é trazer economia aos cofres públicos e reduzir a emissão de CO2. De acordo com o Executivo municipal, serão poupados R$ 3.6 milhões por ano e a estimativa é de que haja redução de 3 milhões de toneladas anuais na emissão de CO2, um dos principais gases poluentes da atmosfera. 
Serão dois projetos: um que prevê a instalação de nove usinas fotovoltaicas de 500 KW, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) para abastecer 441 prédios de baixa tensão, como Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Mercado Público. Nesse modelo, a concessionária terá um ano para construir a usina e mais 25 para operar o serviço. As usinas com  cerca de 1,2 mil painéis solares cada poderão ser construídas em qualquer unidade da CEEE Equatorial no Estado.
A energia garantirá créditos para a prefeitura obter desconto na fatura de energia da CEEE. A Prefeitura deverá gastar R$ 4,7 milhões por ano para o abastecimento dessas unidades, o que representará uma economia de 10% em relação ao que é gasto atualmente. O edital de lançamento desta PPP deve acontecer até junho de 2024 e a consulta pública online já está aberta.
O outro projeto será a compra de energia limpa no mercado livre, através de licitação, para as 67 estruturas de média tensão, como o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) e o Centro Administrativo Municipal (CAM), o que irá corresponder a maior economia, chegando a R$ 3 milhões anuais. Hoje, o Paço gasta cerca de R$ 10 milhões de luz com esses prédios. O tempo de contrato é de 5 anos. O edital de lançamento aconteceu nesta quarta-feira e a previsão da Prefeitura é estar com o contrato assinado no primeiro semestre do ano que vem. 
No total, 87% das unidades consumidoras da Prefeitura serão abastecidas com os dois projetos. Para o prefeito Sebastião Melo (MDB), o tema da sustentabilidade exige uma série de iniciativas. "O Brasil tem uma capacidade enorme de energia limpa, é uma consciência no campo e na cidade que isso tem que acontecer".  O engenheiro eletricista da Prefeitura, Alex Martins, explica que não há risco de falta de energia nos dias em que há baixa incidência de sol, nem é necessário armazenar energia nas unidades.
"Desde 2015, é possível injetar energia na rede da CEEE, então a própria rede é o armazenamento, tudo que se injeta vira crédito para usar quando for preciso", diz. Iluminação pública, escolas municipais e prédios de administração indireta não estão contemplados nos projetos. 
Ainda de acordo com o prefeito, o próximo passo é promover energia limpa no Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). "O consumo de energia do DMAE é enorme, nas casas de bomba, no tratamento do esgoto. É uma conta gigantesca que precisa melhorar, até porque quando falta luz, também falta água", afirma Melo. No início do ano, a Prefeitura anunciou que iria fazer a concessão do DMAE, mas voltou atrás. O motivo para o processo estar parado é que ainda não se bateu o martelo sobre como deve ser a concessão.