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Ciclistas ignoram proibição e utilizam a ciclovia da avenida Ipiranga
Estrutura foi interditada em toda a sua extensão pela prefeitura de Porto Alegre no dia 7 de setembro
Com a interdição da ciclovia da avenida Ipiranga em toda a sua extensão por tempo indeterminado, desde a avenida Borges de Medeiros até a avenida Antônio de Carvalho, em razão do risco desabamento, tornou-se comum encontrar ciclistas pedalando na estrutura ou se arriscando no trânsito da Ipiranga ao circularem pela direita - muitos motoristas tiram "fininho" dos condutores de bicicleta. Mesmo com a colocação de gradis, cavaletes e faixas para impedir a circulação, os ciclistas ignoram a proibição. Em muitos trechos da ciclovia, as faixas foram cortadas e os cavaletes foram colocados de lado. Uma alternativa para os ciclistas é dividir as calçadas com os pedestres.
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O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, disse que a prefeitura foi obrigada a realizar a interdição da ciclovia para segurança dos usuários e também dos pedestres. "Temos tido muita chuva nos últimos dias e identificamos diversos pontos com risco de desabamento. Não temos certeza de como está o talude do arroio Dilúvio por baixo onde a ciclovia foi construída. Por tudo isso, decidimos pela interdição da estrutura", acrescenta.
Segundo Adão Castro, uma empresa, com apoio de técnicos da prefeitura, foi contratada para realizar a análise de todo o trecho da ciclovia. "Quando o Município tiver certeza a estrutura será liberada. Neste momento, estamos preocupados com a segurança das pessoas e pedimos a colaboração de quem pedala. Foi uma decisão difícil fazer a interdição da ciclovia", ressalta.
O secretário fez um apelo para que os ciclistas e os pedestres não usem a ciclovia da avenida Ipiranga até a conclusão da análise - a empresa tem um prazo de 90 dias para realizar os trabalhos na estrutura. "Estão sendo feitas inspeções em toda a ciclovia e as equipes farão a sinalização dos pontos e ajustes para que usuários tenham o espaço adequado para utilizar a bicicleta de forma segura e sem grandes prejuízos", destaca o secretário de Mobilidade Urbana.
A Empresa Publica de Transporte e Circulação (EPTC) em caráter emergencial disponibilizou algumas alternativas para os ciclistas. Eles podem utilizar as calçadas e as ruas adjacentes, como a Marcílio Dias, Princesa Isabel, São Manoel e Felipe de Oliveira, no bordo da via, ou na avenida Ipiranga junto ao passeio compartilhado com pedestres. A EPTC realiza a fiscalização e recomenda as vias como alternativa por ter menor fluxo de veículos. Além das equipes de fiscalização, os agentes da Escola Pública de Mobilidade realizam ações educativas com ciclistas em alguns pontos para reforçar os cuidados e a realização de atitudes responsáveis no trânsito.