Xangri-Lá ainda tem apenas 30,62% do esgoto tratado

O assunto é mencionado na revisão do Plano Diretor

Por Mauro Belo Schneider

Proposta da prefeitura prevê construção de prédios com até 14 andares
O município de Xangri-Lá, que neste ano registrou discussões acaloradas sobre a revisão de seu Plano Diretor, soma atualmente 30,62% de seu esgoto tratado. A informação foi repassada pela Corsan e confirmada pela assessoria de imprensa da prefeitura nesta quarta-feira (4).
“Com as redes que estão sendo construídas, serão mais 4.259 economias (residências) que terão acesso ao tratamento de esgoto e o percentual chegará a 47,55% quando entrar em operação”, afirma a Corsan. Não há prazo específico, no entanto, para alcançar este número.
Samanta Takimi, presidente da Corsan, explica que a ampliação da estrutura depende da lógica de licenciamentos. “Tudo tem que estar em casamento com as licenças ambientais, não só de Xangri-Lá, mas em todos municípios”, detalha. “Temos previsão de obras bem intensas para todos os municípios do Litoral”, acrescenta.
A previsão certa é de que a cobertura de 90% do saneamento em todos os 317 municípios que a Aegea assumiu a operação da Corsan ocorrerá dentro do Marco Legal, de 10 anos”, afirma a Corsan, em nota.
Atualmente, a companhia atende 23.594 economias para o fornecimento de água e 7.226 economias para o tratamento de esgoto de Xangri-Lá, composta pelas praias de Arpoador, Atlântida, Marina, Maristela, Noiva do Mar, Praia dos Coqueiros, Rainha do Mar e Remanso.
Os quase 70% de esgoto não tratados em Xangri-Lá têm o chamado sistema de sumidouro em construções mais antigas. Unidades mais recentes têm fossa, filtro e sumidouro, informa a Aegea, que assumiu a Corsan.
A prefeitura de Xangri-Lá teve mais uma reunião com o Ministério Público nesta quarta-feira (4) para avançar nas discussões sobre a revisão do Plano Diretor, de acordo com o procurador-geral do município Thiago Serra.
No verão passado, audiências públicas na Câmara de Vereadores foram suspensas após debates envolvendo a construção de torres de 14 andares à beira-mar, onde antes funcionavam a colônia de férias do Banrisul e do Hotel Termas. Os novos edifícios, mais altos do que o limite atual das construções, seriam viabilizados se o projeto da prefeitura para mudar o Plano Diretor for aprovado.
Ainda no Litoral Norte, a troca de uma adutora junto à ponte Giuseppe Garibaldi promete dar melhor qualidade ao abastecimento de água em Imbé e em Tramandaí. Para a retirada da antiga tubulação, uma das vias da ponte foi bloqueada.