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Saúde

- Publicada em 23 de Outubro de 2023 às 11:40

"Gap" entre diagnóstico e início do tratamento do câncer de mama compromete chances de cura, alerta oncologista

A doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras

A doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras


FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
A detecção precoce do câncer de mama possibilita maiores chances de cura às pacientes, mas para isso o diagnóstico precisa se traduzir rapidamente em tratamento. “Não é só fazer o diagnóstico, tem que começar o tratamento rápido porque algumas vezes acontece um ‘Gap’, tanto no sistema público quanto na rede privada”, alerta o oncologista José Bines, membro do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), lembrando que homens também têm câncer de mama, por volta de 1%”.
A detecção precoce do câncer de mama possibilita maiores chances de cura às pacientes, mas para isso o diagnóstico precisa se traduzir rapidamente em tratamento. “Não é só fazer o diagnóstico, tem que começar o tratamento rápido porque algumas vezes acontece um ‘Gap’, tanto no sistema público quanto na rede privada”, alerta o oncologista José Bines, membro do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), lembrando que homens também têm câncer de mama, por volta de 1%”.

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A doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras e os altos índices de incidência fazem da enfermidade um problema de saúde no Brasil. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são cerca de 74 mil casos de câncer de mama por ano e principal causa de mortes entre as mulheres por câncer.
O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer de mama: pode envolver cirurgia ou ser apenas medicamentoso, na forma de comprimidos ou venoso. “Nem todo paciente terá indicação de fazer a cirurgia como primeiro tratamento do câncer de mama. Às vezes a cirurgia não é a melhor estratégia inicial”, explica.

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Bines considera a pesquisa sobre o câncer de mama e os tratamentos uma estratégia fundamental. Segundo o oncologista, o Brasil conta com vários grupos de pesquisa estruturados. “É uma oportunidade de oferecermos os novos tratamentos que vão se estabelecer como padrão no futuro. É assim que o avanço do conhecimento, dos tratamentos, dos riscos e dos números de morte vão acontecendo, de uma forma ética”, ressalta.
Ao longo dos anos, alguns tabus em relação à participação nas pesquisas de tratamentos de saúde foram caindo. “Sempre é uma opção individual do paciente participar das pesquisas, mas na minha opinião é muito relevante e traz benefícios para as envolvidas”, afirma.

Hábitos podem influenciar incidência do câncer de mama

Além de realizar exames preventivos com frequência, como a mamografia, cultivar uma rotina saudável é a chave para reduzir as taxas de câncer de mama. Controlar o excesso de peso, buscar uma alimentação saudável e manter uma rotina de exercícios físicos exercem também papel fundamental para redução dos riscos de incidência da doença.

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“A prática regular de exercícios físicos e adoção de uma dieta alimentar balanceada são relevantes tanto para reduzir as chances de desenvolver câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença”, diz Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
Pesquisas científicas sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas ao tratamento e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico. Estudo publicado neste ano pelo Journal of the American Medical Association ouviu 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência do câncer de mama e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.
"Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. Adicionalmente, é importante frisar, uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo", avalia Max.