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Saúde

- Publicada em 11 de Outubro de 2023 às 15:50

Mamografia pode reduzir em até 40% a mortalidade por câncer de mama

Entidades defendem a realizaçãodo exame como parte da rotina de saúde a partir dos 40 anos

Entidades defendem a realizaçãodo exame como parte da rotina de saúde a partir dos 40 anos


Karina Moraes/FSNH/JC
A detecção do câncer de mama nos estágios iniciais é fundamental para garantir às pacientes melhores chances de vida e de cura, e a mamografia é um dos exames essenciais neste processo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer de Mama (Inca), cerca de 74 mil casos da doença devem ser confirmados em 2023 no Brasil, o que faz da enfermidade uma das principais causas de mortes entre a população feminina, com 11,84 óbitos a cada 100 mil mulheres.
A detecção do câncer de mama nos estágios iniciais é fundamental para garantir às pacientes melhores chances de vida e de cura, e a mamografia é um dos exames essenciais neste processo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer de Mama (Inca), cerca de 74 mil casos da doença devem ser confirmados em 2023 no Brasil, o que faz da enfermidade uma das principais causas de mortes entre a população feminina, com 11,84 óbitos a cada 100 mil mulheres.
“O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia”, afirma Max Senna Mano, líder nacional da especialidade de tumores de mama da Oncoclínicas.
A mamografia não deve ser realizada apenas quando existe suspeita de câncer de mama. Segundo a Oncoclínicas, a partir do rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%, principalmente por seu potencial de identificar lesões ainda não palpáveis e num estágio muito inicial, com tamanho menor do que 1 cm.
Apesar dos dados mostrarem a importância da realização da mamografia, a adesão ao exame ainda é insuficiente. O Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil, revelou que o País registrou apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos. O número ainda é muito inferior ao recomendado pela OMS, que preconiza que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.
"Para se ter uma ideia mais precisa, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberão o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que mais de 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta o mastologista da Oncoclínicas, Guilherme Novita.
A incidência de câncer de mama ocorre, principalmente, em mulheres na perimenopausa, ou seja, no fim da vida reprodutiva da paciente. As diretrizes do Ministério da Saúde preconizam a realização da mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre um exame e outro. Mas o constante aumento da incidência em mulheres mais jovens têm estimulado debates para que o rastreio seja iniciado com mais antecedência.
Entidades como a SBM e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) defendem a realização do exame como parte da rotina de monitoramento da saúde a partir dos 40 anos. Esta recomendação foi recentemente ratificada em um trabalho conjunto de sociedades médicas brasileiras, composto por Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e também pela própria Sociedade Brasileira de Mastologia. 

“Tal recomendação é baseada em estudos que mostram que 25% das mulheres com câncer de mama estão na faixa etária entre 40 e 49 anos de idade e, portanto, essa medida simples de redução da idade base para início da triagem pode salvar muitas vidas”, completa.


Como é feita a mamografia?


A mamografia é um exame de imagem e pode durar cerca de 20 minutos. "Através de duas placas, as mamas são pressionadas na horizontal e vertical para a avaliação adequada. O exame pode causar um pouco de desconforto, mas a compressão é rápida e a dor passageira. Para um maior conforto da paciente, é recomendado que o agendamento seja realizado para alguns dias após a menstruação, período em que as mamas estão menos sensíveis e o exame possui maior precisão", descreve o mastologista Guilherme Novita.