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Saúde

- Publicada em 05 de Outubro de 2023 às 16:25

Imama completa 30 anos auxiliando mulheres no Rio Grande do Sul

No dia 29 de outubro, ocorre a tradicional Caminhada do Imama, com saída do Parcão

No dia 29 de outubro, ocorre a tradicional Caminhada do Imama, com saída do Parcão


IMAMA/DIVULGAÇÃO/JC
O Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) atua há três décadas na conscientização da população gaúcha sobre os cuidados com a saúde da mama e no apoio às mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Ao longo da trajetória, obteve conquistas importantes, como o Projeto de Lei 266/07, que cria os Comitês de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama nos municípios gaúchos. Entre as pautas recentes defendidas pela instituição, está a incorporação dos medicamentos para câncer de mama no SUS, tema de audiência pública na Assembleia Legislativa realizada na quinta-feira (4).
O Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) atua há três décadas na conscientização da população gaúcha sobre os cuidados com a saúde da mama e no apoio às mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Ao longo da trajetória, obteve conquistas importantes, como o Projeto de Lei 266/07, que cria os Comitês de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama nos municípios gaúchos. Entre as pautas recentes defendidas pela instituição, está a incorporação dos medicamentos para câncer de mama no SUS, tema de audiência pública na Assembleia Legislativa realizada na quinta-feira (4).

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O Imama acompanha a paciente da rede pública de saúde diagnosticada com câncer desde o início da jornada do tratamento oncológico. “As pacientes chegam aqui só sabendo que estão com câncer de mama, mas não sabem o tipo de tratamento que estão fazendo. Procuramos orientar e acompanhar em todo esse momento”, explica a diretora-geral do Imama, Rita Cunha.
São oferecidas diversas atividades gratuitas, como na área de psicologia, nutrição, orientação jurídica para esclarecer os direitos e banco de perucas. Para mulheres que fazem a reconstituição mamária, é disponibilizada micropigmentação e para as que não reconstroem a mama após a cirurgia, há o banco de próteses. “O Imama está à disposição para acolher, para abraçar a paciente e seus familiares”, ressalta a diretora.

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Outra frente de atuação é a defesa da importância da detecção precoce, com o autocuidado, que possibilita a descoberta de alterações no corpo. A partir de então, a recomendação é que seja buscada ajuda de um profissional. “Essa é a nossa fala por 30 anos, da importância desse movimento de cuidado das mulheres e dos homens, porque eles também têm câncer de mama”, ressalta. Embora representem 1% dos casos de câncer de mama, as estimativas sobre a incidência da doença na população masculina são imprecisas, uma vez que fatores como preconceito retardam a busca por um médico. “Quando o homem chega a detectar o câncer de mama, muitas vezes já está em outro órgão”, lamenta Rita.
Apesar de o câncer de mama ser mais comum nas mulheres a partir dos 50 anos, Rita diz que é possível observar o aumento dos casos entre as mais jovens. “Temos acompanhado na jornada do câncer de mama em torno de 964 mulheres. Dessas, 30% a 40% são mulheres com menos de 40 anos e temos recebido cada vez mais jovens, na faixa dos 20 a 25 anos”, alerta.
A orientação é que a partir da idade adulta as mulheres já tenham por hábito fazer o autoexame. Até os 40 anos, a recomendação é que seja feita a ultrassonografia mamária, e a partir dessa idade a mamografia. Nos casos em que há câncer de mama na família, os exames podem ser solicitados mais cedo.
Segundo Rita, 54% das confirmações da doença ocorrem em estágio tardio. A diretora do Imama aponta como grande dificuldade ainda a realização do diagnóstico, que não envolve apenas a mamografia, mas também outros exames complementares como ultrassonografia e biópsia.
Há duas legislações que garantem direito ao atendimento pelo SUS às pessoas diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. A Lei dos 30 dias (13.896/2019) estabelece que os pacientes do SUS com suspeita de câncer de mama devem realizar os exames para confirmar a doença no período de 1 mês.
Já a Lei dos 60 dias (12.732/12) estabelece que, a partir do momento em que a pessoa recebe o diagnóstico do câncer, o tratamento deve começar em até dois meses, o que nem sempre acontece. “Participamos de muitas audiências públicas e de discussões. Sabemos que no Interior do Estado há regiões que demoram até 200 dias para iniciar o tratamento. Imagina ter o diagnóstico e não conseguir iniciar o tratamento?”, reflete.
O Imama realiza uma série de atividades durante o Outubro Rosa. No dia 21, ocorre o Imama Bike Day, com saída da Rótula das Cuias em Porto Alegre, com o apoio do PedAlegre e outros grupos de todo o Rio Grande do Sul. A expectativa é que mil ciclistas participem, pedalando pela saúde. No dia 29, ocorrerá a Caminhada dos 30 anos do Imama, indo do Parcão até a Redenção, com um show no final.
“É uma caminhada para se solidarizar. É tão importante hoje que aquelas pessoas que não estão passando pela jornada do câncer sejam solidárias com os familiares de quem está, sejam solidários com o paciente e entendam a importância de se ter uma rede de apoio. Nós vamos caminhar por essas pessoas e por esses profissionais que cuidam delas, dos cuidadores, por essas famílias que muitas vezes ficam sem chão quando recebem o diagnóstico de uma mãe e que precisam se reorganizar “, ressalta a diretora-geral do Imama.

Confira a programação do Imama durante o Outubro Rosa em Porto Alegre



21/10 - Imama Bike Day
9h - Rótula das Cuias - Apoio PedAlegre

23/10 - Lançamento do Projeto Empreendedorismo para Mulheres que passaram pela Jornada do Câncer de Mama, uma parceria com o Sebrae

29/10 - Caminhada dos 30 anos do Imama/RS
9h – Concentração no Parque Moinhos de Vento (Parcão) – saída rumo ao Parque Farroupilha (Redenção) às 10h.