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Clima

- Publicada em 26 de Setembro de 2023 às 19:29

Cheia do Guaíba ultrapassa cota de inundação na região das llhas

Moradores do bairro Arquipélago estão entre os principais atingidos pelas fortes chuvas que assolam Porto Alegre

Moradores do bairro Arquipélago estão entre os principais atingidos pelas fortes chuvas que assolam Porto Alegre


EVANDRO OLIVEIRA/JC
Com o Guaíba atingindo 2,46m na Ilha da Pintada, 26cm acima da cota de inundação, os moradores do bairro Arquipélago estão entre os principais atingidos pelas fortes chuvas que assolam Porto Alegre nas últimas duas semanas. Ruas completamente alagadas, casas tomadas pela água e até mesmo botes sendo utilizados para locomoção, tornaram-se cenas comuns em um dos pontos mais vulneráveis da Capital.
Com o Guaíba atingindo 2,46m na Ilha da Pintada, 26cm acima da cota de inundação, os moradores do bairro Arquipélago estão entre os principais atingidos pelas fortes chuvas que assolam Porto Alegre nas últimas duas semanas. Ruas completamente alagadas, casas tomadas pela água e até mesmo botes sendo utilizados para locomoção, tornaram-se cenas comuns em um dos pontos mais vulneráveis da Capital.
Como efeito das inundações, as Unidades de Saúde da Ilha do Pavão e da Ilha da Pintada permaneceram fechadas durante esta terça (26). A alternativa para os moradores da região foi a Unidade da Ilha dos Marinheiros, que seguiu atendendo à população normalmente. Ademais, a Defesa Civil montou diversas tendas espalhadas pelas Ilhas para auxiliar os moradores, além de abrigos improvisados para os desalojados.
A maior parte das pessoas estão sendo abrigadas no Centro Esportivo Luís Antônio Fontoura dos Santos, conhecido como Ginásio do Loteamento, em Eldorado do Sul. Até o momento, há 80 pessoas, de 22 famílias no local que, além de servir como dormitório para aqueles que perderam suas casas, também contribui com distribuição de roupas e alimentos, recebidos através de doações.
Lá, há muitas crianças, mulheres grávidas e idosos. A unanimidade no local era que essa não havia sido a primeira vez que suas casas alagaram e nem seria a última. Para Maríndia Machado Braga, de 64 anos, a cheia atual representa a terceira vez que as águas invadiram sua residência. Ela, que levou apenas seu cachorro consigo para o abrigo, está na expectativa de retornar ao lar, mas teme que tenha perdido todos os seus móveis.
"Minha casa estava completamente alagada na última vez que a vi. Tenho uma televisão nova que havia comprado a poucos dias. Meu medo é que, ao sair daqui, quando a água baixar, eu não tenha mais nada além do que recebi de doações”, declarou a aposentada.
Além de pessoas desalojadas, a região das Ilhas também vivencia escolas fechadas há mais de 2 semanas, quando as chuvas começaram na Capital. Na Ilha Grande dos Marinheiros, os moradores relataram pontos de alagamento de mais de 1m de altura, obrigando-os a utilizar botes e caiaques para locomoção.
Com a expectativa de maior elevação do Guaíba na madrugada desta quarta-feira, a Defesa Civil da Capital já monta novos pontos de abrigo e marca presença nos principais locais de risco, para, dessa forma, estar presente em situações de emergência. De acordo com o Metsul, também há risco de deslizamentos de terra e desmoronamento de muros e barrancos por toda a região metropolitana.
Em caso de dúvidas ou emergências, a população pode contatar a Defesa Civil, através do número 199, ou o Corpo de Bombeiros, 193. Ainda, a prefeitura de Porto Alegre pode ser acionada por meio do sistema 156 (telefone, site e aplicativo).