A cidade de Porto Alegre retoma o serviço de patinetes elétricos por aluguel a partir de setembro. A frota inicial irá operar na região central da cidade, no Centro Histórico e no bairro Bom Fim, disponibilizando 450 veículos, sendo que 400 estarão nas ruas e outros 50 na reserva.
O serviço foi anunciado pela prefeitura de Porto Alegre durante o 2º Encontro Regional do ICLEI Sul - Inovação Urbana pela Sustentabilidade. "Mobilidade urbana é ter um sistema integrado, que ajude o cidadão, mas que não polua a cidade", defendeu o prefeito Sebastião Melo (MDB).
A empresa que irá operar o serviço é a europeia Whoosh, que também é responsável pelos patinetes elétricos por aluguel em Florianópolis, que iniciou a operação em junho deste ano.
O acionamento do patinete acontece pelo aplicativo Whoosh, disponível para os sistemas iOS e Android. É possível visualizar onde os veículos estão através de um mapa e ativá-los após fazer leitura de um QR Code disponível em cada patinete.
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O plano mais acessível custa R$ 3,00 para ativação do patinete e mais R$ 0,80 por minuto rodado. Os patinetes devem ser devolvidos nas áreas de estacionamento específicas. "O usuário não consegue terminar a corrida se ele não estiver dentro desse ponto", explica o CEO da Whoosh no Brasil, Francisco Forbes.
As áreas de estacionamento estão marcadas com um P no app, em espaços aprovados pelo município e que não criem obstrução de circulação. Em alguns casos, estão situadas perto de infraestruturas de estacionamento urbano, como bicicletários. Os principais pontos de estacionamento terão adesivos que os identifiquem, mas a maioria terá apenas identificação virtual.
"Precisamos ter flexibilidade. É até engraçado, porque 80% das pessoas pedem para que tenham pontos na frente dos seus comércios, e outras pedem para tirarmos, e nós tiramos. Com o ponto físico, precisaríamos desparafusar, pintar ou algo do tipo. Então batemos o pé para que os pontos de estacionamento sejam virtuais, mas respeitados", destaca Forbes.
A Whoosh é notificada pelo aplicativo quando algum patinete estiver fora do estacionamento. "Temos uma equipe de campo que, em até meia hora, coloca esses patinetes no local adequado", afirma o CEO da empresa no País.
Porto Alegre já teve patinetes elétricos anteriormente operados por diferentes empresas, que descontinuaram o serviço. A startup de micromobilidade urbana Grin atuou na cidade no início de 2019, com foco nos bairros Moinhos de Vento, Rio Branco, Cidade Baixa e Bom Fim. Na mesma época, a empresa teve uma fusão com a Yellow, que era a startup líder em bicicletas sem estações e patinetes elétricos no Brasil, e foi criada a Grow.
A Grow cancelou os serviços em Porto Alegre em janeiro de 2020, voltou a operar um mês e meio depois, mas encerrou definitivamente a operação na Capital gaúcha logo depois.