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Energia

- Publicada em 18 de Julho de 2023 às 21:38

Quase uma semana após ciclone, pontos sem luz causam transtornos no RS

Milhares de clientes ainda estão sem energia no Balneário Cassino, na Zona sul do Estado

Milhares de clientes ainda estão sem energia no Balneário Cassino, na Zona sul do Estado


Rafael Albernaz Lopes/divulgação/jc
"Só não perdi tudo que tinha na geladeira porque tenho um freezer separado, que tinha gelo." O relato é da Laureni Machado, moradora de Rio Grande, no Litoral Sul do Estado, uma das áreas mais atingidas pelo ciclone extratropical na semana passada. No domingo (16), após ficar quatro dias sem energia em casa, decidiu ir ficar na casa do filho, porque estava, conforme explicou, muito estressada. "Imagina ficar tanto tempo sem luz, sem poder ver uma televisão, sem poder fazer as coisas de casa, correndo o risco de perder os alimentos?", questionou. 
"Só não perdi tudo que tinha na geladeira porque tenho um freezer separado, que tinha gelo." O relato é da Laureni Machado, moradora de Rio Grande, no Litoral Sul do Estado, uma das áreas mais atingidas pelo ciclone extratropical na semana passada. No domingo (16), após ficar quatro dias sem energia em casa, decidiu ir ficar na casa do filho, porque estava, conforme explicou, muito estressada. "Imagina ficar tanto tempo sem luz, sem poder ver uma televisão, sem poder fazer as coisas de casa, correndo o risco de perder os alimentos?", questionou. 
De acordo com o relato de seus vizinhos do bairro Bosque, ela informou que a luz, que faltou na quarta-feira às 20h, voltou somente no final da noite de domingo, mas, até esta segunda-feira (17), Laureni ainda não havia voltado para casa. "Outras residências no bairro já tinham luz, mas a nossa rua não", explicou. Além da falta de energia, o ocorrido gerou transtornos no transporte. "Não consegui nem pegar ônibus, porque não passou", relatou a moradora, que comemorou não ter sofrido estragos maiores. "Sorte que não destelhou minha casa, teve gente que ficou ilhada", pontuou. 
Assim como ela, milhares de pessoas ficaram ou estão sem luz no Estado. Segundo o último boletim atualizado da CEEE Equatorial, na tarde desta terça-feira (18), quase 8 mil clientes estão enfrentando essa situação. Outro problema relatado pela moradora foi a dificuldade de comunicação com a distribuidora.  "Na sexta não consegui falar com eles, no sábado, eu liguei 16 vezes. Na décima sexta vez me atenderam e falaram que não tinha previsão para voltar a luz. O atendente disse que até dia 20 iriam arrumar tudo", contou Laureni. 

Consumidores reclamam da demora no atendimento da CEEE Equatorial

Na rede social Twitter, diversos usuários reclamam do atendimento e da prestação de serviço. "O serviço da CEEE Equatorial é lamentável", escreveu uma internauta. "É só isso que a CEEE Equatorial sabe dizer em SEIS dias", reclamou outro ao publicar um print do SMS da distribuidora informando que estava trabalhando para restabelecer o fornecimento. Outro usuário questionou os prejuízos a comerciantes. "Alô, que prejuízo para os comerciantes de Rio Grande, Cassino e arredores. Cadê a outra fase da energia, como ligar as máquinas?." "Já fiz inúmeras reclamações por todos os canais de vocês (quando funcionam) e sigo sem energia elétrica. Já faz seis dias", lamentou mais um internauta.
Segundo Sérgio Valinho, Superintendente técnico da CEEE Grupo Equatorial Energia, desde a passagem do ciclone, mais de 500 equipes, com 2,5 mil funcionários trabalham para solucionar a falta de energia. Ele explicou, também, que embora a empresa desejem arrumar todos os pontos de distribuição o mais rápido possível, existe um plano que elenca prioridades, como serviços essenciais e adensamento populacional, até que se chegue no problema individual de cada cliente.  "É um evento climático de grandes proporções, muitas árvores caíram em direção à rede, causando estragos", explicou Valinho.  
Sobre a demora no restabelecimento da energia em alguns pontos do Estado, ele comparou o fenômeno com outros países em que algo semelhante acontece, como os ciclones e furacões americanos. "Nos Estados Unidos, com uma rede moderna, pode levar até 18 dias para o serviço voltar a funcionar totalmente", comparou. Apesar disso, ele afirmou que o grupo pretende continuar a modernizar a rede. "Já investimos R$ 1,2 bilhão na rede, estamos instalando tecnologia, estamos fazendo combate à vegetação onde é preciso, estamos trocando redes abertas por redes que convivem melhor com a vegetação do Estado, temos um plano de substituição de postes, quase 530 mil postes, mas ainda tem muito para fazer, é preciso lembrar que estamos atuando há dois anos", disse, adicionando que o tempo médio do consumidor sem luz, por ano, caiu de 21 horas para 15 horas por ano.
Já sobre as reclamações na comunicação do atendimento, o superintendente técnico da CEEE disse que investimentos na central de atendimento também estão sendo feitos. "Estamos reformando várias agências, temos muito o que fazer ainda, mas é fato que num momento como esse, com 700 mil clientes, o volume de ligações aumenta e congestiona", explicou Valinho.
 Para falar com a CEEE Equatorial:
  •  Whatsapp Clara (51) 3382-5500, para solicitar religação e informar falta de energia (basta adicionar o telefone à sua lista de contatos);
  • Site ceee.equatorialenergia.com.br;
  • Teleatendimento: 0800 721 2333;
  • Para falta de energia, SMS 27307, que deve ser preenchido com a palavra LUZ e o número da Unidade Consumidora (UC), encontrado no canto superior direito da fatura de energia.