O viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, no Centro Histórico, um dos cartões postais mais conhecidos de Porto Alegre, tem sido historicamente utilizado como local para a prática de suicídio, conforme a Associação Comunitária do Centro Histórico. Por isso, o projeto Help, em parceria com a Força Jovem Universal (FJU), coloca todos os meses "cartas de ajuda" com a proposta de ajudar às pessoas.
O projeto Help desenvolve ações de acolhimento às pessoas que sofrem com depressão, automutilação, traumas, ansiedade, pensamentos de suicídio, entre outros casos chamados de "doenças do século". A diretora do Departamento de Relações Públicas do Projeto Help, Eriane Ferraz, ressalta que a ação é laica e sem fins lucrativos. "Todos os meses colocamos as cartas de ajuda no viaduto Otávio Rocha com o objetivo de ajudar às pessoas", destaca.
Segundo Eriane Ferraz, além do viaduto, as mensagens são colocadas em praças e árvores por cerca de 500 voluntários que atuam em todo o Estado. As cartas possuem as seguintes mensagens: "É impossível você saber o resultado se não tentou. Então, recomece! Você não vai se arrepender"; "E que a vontade de realizar meus sonhos, seja maior que o medo"; "De cabeça erguida e com vontade de lutar, acredito que o melhor ainda está para chegar" e "Posso cair até mil vezes, mas nada vai me impedir de levantar mil vezes de novo". De acordo com Eriane Ferraz, as cartas são colocadas por três voluntários no viaduto e a intenção é que as pessoas levem as cartas e leiam as mensagens.
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O diretor da Associação Comunitária do Centro Histórico, Ayres Cerutti, diz que a iniciativa da FJU é importante e defende que essas ações se espalhem pela cidade. "As pessoas precisam aprender a perceber alguns sinais de quem está precisando de ajuda", ressalta. Segundo Cerutti, infelizmente as pessoas têm feito a opção pelo viaduto Otávio Rocha devido ao fácil acesso à estrutura.
"Elas não precisam subir prédios e, com frequência, os integrantes da Associação ficam sabendo de pessoas que cometeram suicídio neste local", lamenta. Cerutti destaca que as pessoas precisam ter a sensibilidade de perceber quem está precisando de ajuda. "Temos que agir antes que elas venham para o viaduto Otávio Rocha. A comunidade precisa saber quem está precisando de ajuda", acrescenta.
Já Liziane Eberle, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), ressalta que a atuação do projeto Help tem foco na fé das pessoas, o que é também muito positivo. "Todas as formas de ajuda são bem-vindas", explica. A instituição realiza atendimentos gratuitos 24 horas por dia pelo telefone 188. De acordo com Liziane, os voluntários são treinados para ouvir qualquer problema. "O CVV trabalha o ano inteiro a questão para a prevenção do suicídio", acrescenta. Além do telefone 188, disponibilizado depois da tragédia da Boate Kiss, as pessoas tem a opção do chat, caso não queiram que a sua voz seja ouvida, segundo a voluntária do CVV.
Autor do projeto de lei que trata da colocação de placas de ajuda em espaços que ocorrem as tentativas de suicídio em Porto Alegre, o vereador Márcio Bins Ely (PDT) lembra dos altos índices relacionados com suicídio na Capital. "Porto Alegre é, historicamente, a capital com maior taxa de suicídio do Brasil. Precisamos pensar em prevenção, afinal, é sempre o melhor remédio."
Já Liziane Eberle, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), ressalta que a atuação do projeto Help tem foco na fé das pessoas, o que é também muito positivo. "Todas as formas de ajuda são bem-vindas", explica. A instituição realiza atendimentos gratuitos 24 horas por dia pelo telefone 188. De acordo com Liziane, os voluntários são treinados para ouvir qualquer problema. "O CVV trabalha o ano inteiro a questão para a prevenção do suicídio", acrescenta. Além do telefone 188, disponibilizado depois da tragédia da Boate Kiss, as pessoas tem a opção do chat, caso não queiram que a sua voz seja ouvida, segundo a voluntária do CVV.
Autor do projeto de lei que trata da colocação de placas de ajuda em espaços que ocorrem as tentativas de suicídio em Porto Alegre, o vereador Márcio Bins Ely (PDT) lembra dos altos índices relacionados com suicídio na Capital. "Porto Alegre é, historicamente, a capital com maior taxa de suicídio do Brasil. Precisamos pensar em prevenção, afinal, é sempre o melhor remédio."
Bins Ely destaca que a proposta do projeto de lei é permitir que os espaços públicos onde são realizadas as tentativas de suicídio contenham placas de ajuda.
Foto: Projeto Help/Divulgação/JC