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Censo

- Publicada em 28 de Junho de 2023 às 10:29

Brasil soma 203 milhões de habitantes em 2022, aponta Censo do IBGE

Montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE no ano passado

Montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE no ano passado


ISABELLE RIEGER/JC
A população brasileira totalizava 203.062.512 pessoas em 31 de julho do ano passado, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Apesar de uma forte perda de fôlego no ritmo de crescimento populacional, o resultado significa um aumento de 6,5% em relação aos 190,8 milhões de habitantes contados no Censo anterior, realizado em 2010, o equivalente a 12,307 milhões de pessoas a mais em pouco mais de uma década.O montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 28 de dezembro do ano passado, quando o instituto informou a existência de 207.750.291 pessoas no Brasil, população calculada já com base em dados preliminares coletados pelo Censo 2022. O número de habitantes do País é usado no cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Municípios, além de determinar o tamanho das representações políticas, como a quantidade de vereadores e de deputados federais e estaduais, entre outras finalidades, frisa o IBGE.Segundo o instituto, ainda não foi possível mensurar se a perda de vidas para a covid-19, que superou 700 mil mortes confirmadas pela doença no Brasil, afetou significativamente o crescimento populacional no País. Os dados ainda estão sendo analisados por técnicos do IBGE, informou o presidente interino do instituto, Cimar Azeredo. A queda na taxa de fecundidade, que mede o número de filhos nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, já vinha desacelerando o aumento da população brasileira, lembrou o instituto.
A população brasileira totalizava 203.062.512 pessoas em 31 de julho do ano passado, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de uma forte perda de fôlego no ritmo de crescimento populacional, o resultado significa um aumento de 6,5% em relação aos 190,8 milhões de habitantes contados no Censo anterior, realizado em 2010, o equivalente a 12,307 milhões de pessoas a mais em pouco mais de uma década.

O montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 28 de dezembro do ano passado, quando o instituto informou a existência de 207.750.291 pessoas no Brasil, população calculada já com base em dados preliminares coletados pelo Censo 2022. O número de habitantes do País é usado no cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Municípios, além de determinar o tamanho das representações políticas, como a quantidade de vereadores e de deputados federais e estaduais, entre outras finalidades, frisa o IBGE.

Segundo o instituto, ainda não foi possível mensurar se a perda de vidas para a covid-19, que superou 700 mil mortes confirmadas pela doença no Brasil, afetou significativamente o crescimento populacional no País. Os dados ainda estão sendo analisados por técnicos do IBGE, informou o presidente interino do instituto, Cimar Azeredo. A queda na taxa de fecundidade, que mede o número de filhos nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, já vinha desacelerando o aumento da população brasileira, lembrou o instituto.
De 2010 a 2022, a taxa média de crescimento anual da população do País foi de 0,52%, a mais baixa já vista desde que o primeiro Censo foi conduzido no Brasil, em 1872. Entre 2000 e 2010, a taxa média de crescimento populacional anual era de 1,17%, mais que o dobro da atual.

"A população brasileira apresentou, até a década de 1940, altos níveis de fecundidade e mortalidade. Com o início do processo de redução dos níveis da mortalidade, a partir de meados dos anos 1940, e a manutenção dos altos níveis de fecundidade vigentes à época, o ritmo do crescimento populacional aumentou e apresentou seu maior pico na década de 1950, com uma taxa média de crescimento anual de 2,99%. No começo dos anos 1960, inicia-se lentamente o declínio dos níveis de fecundidade, e, a partir de 1970, já é possível verificar, por meio dos dados dos Censos Demográficos, a redução do crescimento populacional", justificou o IBGE, na publicação.

Atualmente, a população cresce a uma velocidade maior no Centro-Oeste, com taxa anual de incremento populacional de 1,23%, ultrapassando assim a do Norte, que liderava o crescimento da população até o Censo anterior, mas teve essa velocidade de reduzida a 0,75%. No Sul, a taxa de crescimento populacional anual foi de 0,74%; no Sudeste, de 0,45%; e no Nordeste, de 0,24%.

Em todas as grandes regiões do País houve redução no ritmo anual de incremento da população em relação ao Censo anterior, de 2010.

"É uma tendência, se essa tendência se acelerou a gente vai entender isso daqui a pouquinho, com as análises que serão feitas", apontou Azeredo, acrescentando que a coleta do Censo em campo terminou no último dia 28 de maio, e que os demógrafos do instituto já estão debruçados sobre as informações obtidas, mas precisam de mais tempo para fazer as análises necessárias. "Esse é o resultado da população definitiva do Censo. A gente tem que tomar cuidado com relação a conjecturar. Acho que a gente tem que esperar o trabalho que os demógrafos estão fazendo, com certeza já estão se debruçando."

Distribuição regional

A região Sudeste detinha 84,8 milhões de moradores, 41,8% da população do País. O Centro-Oeste é a região menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, 8,0% da população brasileira. O Nordeste concentrava 8,5% dos brasileiros, 17,3 milhões; o Sul, 14,7%, com 29,9 milhões; e o Nordeste, 26,9%, com 54,6 milhões.

"A distribuição da população por região geográfica praticamente se mantém estável (em relação ao Censo 2010)", apontou o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte. "Só o Estado de São Paulo representa um quinto da população do País", acrescentou.

Os três Estados mais populosos somavam juntos quase 40% dos brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. São Paulo tinha 44,420 milhões de habitantes, 21,88% de toda a população do Brasil; Minas Gerais detinha 20,539 milhões de pessoas, 10,11% da população; e Rio de Janeiro, 16,055 milhões, 7,91% da população.