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Emergências de hospitais de Porto Alegre registram superlotação
Hospitais estão pedindo à população que vá aos hospitais apenas em casos de casos de maior gravidade
Bruna Tkatch e Bolívar Cavalar
Antes mesmo da chegada do inverno, estação marcada pelo frio e pelo aumento nos casos de doenças respiratórias, as emergências de Porto Alegre estão registrando superlotação de leitos. Instituições médicas da Capital estão pedindo à população que vá aos hospitais apenas em casos de casos de maior gravidade e risco de vida.
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O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) atua nesta quarta-feira (24) com superlotação na emergência. Na área destinada a adultos, são 144 pacientes aguardando atendimento nos 56 leitos disponíveis no hospital. Já na emergência pediátrica havia 30 crianças para 9 leitos. O hospital afirma que, apesar do tempo de espera mais longo que o ideal, todos os pacientes serão atendidos.
Quanto ao Hospital São Lucas (HCL), localizado na Zona Leste da Capital, a lotação nesta quarta é de 290% - são 29 pacientes para dez leitos. A instituição não conta com emergência pediátrica.
O Hospital Nossa Senhora da Conceição, da Zona Norte, está atendendo 235% acima de sua capacidade, com 91 pacientes internados e 22 em observação. Já a Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar, que também é vinculada ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), está operando em 1.325 % acima de sua capacidade, com 59 pacientes aguardando vaga de internação, e 110 pacientes em atendimento pelos serviços de assistência e urgência da Unidade.
População indignada
A população vem se indignando com as longas esperas em hospitais de Porto Alegre. "Isso aí é um absurdo, uma pouca vergonha. Quem não tem dinheiro para pagar tem mais que morrer", critica Cláudio Silva, 72, de Canoas, após passar uma tarde inteira esperando para ser atendido no Hospital São Lucas. Ele diz ter problemas na coluna.
Nilton Queiroz, de 54 anos, relata o mesmo problema de Cláudio. Residente de São Leopoldo, ele foi ao São Lucas pois vem tossindo e vomitando sangue, e passou uma tarde aguardando para ser atendido. Além de tudo, Nilton é deficiente físico, portador de espondilite anquilosante.
No HCPA, uma mãe levou sua filha de 4 anos ao hospital pois ela estava apresentando febre alta, de 40ºC. Ela também ficou à espera de atendimento durante uma tarde inteira. "Indignada. Agora vou ter que pagar particular para ver (a situação da sua filha)", critica a mãe.
Nilton Queiroz, de 54 anos, relata o mesmo problema de Cláudio. Residente de São Leopoldo, ele foi ao São Lucas pois vem tossindo e vomitando sangue, e passou uma tarde aguardando para ser atendido. Além de tudo, Nilton é deficiente físico, portador de espondilite anquilosante.
No HCPA, uma mãe levou sua filha de 4 anos ao hospital pois ela estava apresentando febre alta, de 40ºC. Ela também ficou à espera de atendimento durante uma tarde inteira. "Indignada. Agora vou ter que pagar particular para ver (a situação da sua filha)", critica a mãe.