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Geral

Saúde

- Publicada em 29 de Maio de 2023 às 18:54

Programa Inverno Gaúcho com Saúde quer combater aumento das internações de crianças

Um dos objetivos é abrir unidades básicas de saúde no terceiro turno e finais de semana, diz secretária

Um dos objetivos é abrir unidades básicas de saúde no terceiro turno e finais de semana, diz secretária


ITAMAR AGUIAR/DIVULGAÇÃO/JC
Com um aporte financeiro de R$ 10,1 milhões, o governo do Estado lançou o Programa Inverno Gaúcho com Saúde que tem a proposta no período de junho a agosto de combater o aumento das internações de crianças por doenças respiratórias e evitar o crescimento de 6% da internação de 0 a 14 anos por doenças de inverno (de 34.169 em 2019 para 36.273 em 2022). A iniciativa foi apresentada nesta segunda-feira (29) durante evento no teatro do Centro Histórico Cultural da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e contou com as presenças do governador Eduardo Leite, da Secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e do secretário municipal da Saúde, Fernando Ritter, e do provedor da Santa Casa Misericórdia de Porto Alegre, Alfredo Guilherme Englert.
Com um aporte financeiro de R$ 10,1 milhões, o governo do Estado lançou o Programa Inverno Gaúcho com Saúde que tem a proposta no período de junho a agosto de combater o aumento das internações de crianças por doenças respiratórias e evitar o crescimento de 6% da internação de 0 a 14 anos por doenças de inverno (de 34.169 em 2019 para 36.273 em 2022). A iniciativa foi apresentada nesta segunda-feira (29) durante evento no teatro do Centro Histórico Cultural da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e contou com as presenças do governador Eduardo Leite, da Secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e do secretário municipal da Saúde, Fernando Ritter, e do provedor da Santa Casa Misericórdia de Porto Alegre, Alfredo Guilherme Englert.
Conforme Arita Bergmann, também preocupa o fato do aumento de 83,9% nos atendimentos na Atenção Primária à Saúde (23.080 casos em 2019 para 42.458 em 2022) e as baixas coberturas vacinais de crianças - exemplo da Influenza, Covid-19 e pneumologia. "O Rio Grande do Sul precisa urgentemente melhorar o coeficiente de vacinação das nossas crianças", destaca. Segundo a secretária, é preciso que os municípios cuidem mais das internações por doenças respiratórias e boa parte já está ampliando os horários de funcionamento na rede dos postos de saúde. "As doenças de inverno estão diretamente vinculadas as questões vacinais", ressalta.

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Conforme a secretária, o programa tem o objetivo de abrir as unidades básicas de saúde no terceiro turno e finais de semana, facilitar o acesso do usuário aos medicamentos prescritos (inclusive antibioticoterapia) e ampliar busca ativa dos faltosos para recuperação das coberturas vacinais. "A ideia é mobilizar as equipes do programa Primeira Infância Melhor e Programa Criança Feliz (PCF) para intensificação das ações de prevenção em saúde", explica. De acordo com Arita Bergmann, a ideia é propor a aplicação do Palivizumabe (anticorpo monoclonal para o vírus sincicial respiratório), durante a sazonalidade, para os bebês nascidos entre 29 a 32 semanas com indicação médica.
Já o governador Eduardo Leite destacou que os recursos financeiros destinados ao programa fazem parte do Tesouro do Estado. "Vacinas salvam vidas e a gente precisa da população consciente da importância da imunização. Queremos todas as crianças da faixa etária vacinadas", acrescenta. Para Leite, além da campanha que incentiva a imunização das crianças, os recursos serão utilizados para a contratação de profissionais e a extensão de horários nos postos de saúde. "O inverno é um período de desafio do ponto de vista de saúde publica com a elevação de internações neste período. O importante é que todos ao atores unam esforços", acrescenta.

Ações para fortalecer a porta de entrada nos hospitais

Repasse de R$ 90 mil para as unidades integrantes da rede de atenção à saúde contratualizadas com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com estrutura técnica e assistencial para participar do Programa. Haverá ainda ações de fortalecimento das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) pediátricas. Os hospitais públicos municipais, estaduais ou filantrópicos integrantes da rede de atenção à saúde contratualizados com o SUS que possuam estrutura técnica e assistencial para participar do programa vão receber os recursos. Os hospitais que possuem até 10 leitos de UTI Pediátrica terão complemento financeiro de R$ 250 mil. Já os hospitais com mais de dez leitos de UTI Pediátrica receberão o valor de R$ 375 mil.
O programa prevê ações Telemedicina e Teleconsultoria em Intensivismo Pediátrico. Equipes vão atuar 12 horas por dia, sete dias por semana nos meses de junho, julho e agosto para apoio e orientação técnica aos hospitais com porta aberta inclusos na operação. Também estão previstas a ampliação de leitos de UTI pediátrica e o fornecimento de ventilador pulmonar beira leito, monitor multiparamétrico e cama hospitalar aos hospitais habilitados no programa.