Consumidores de dispositivos dletrônicos para fumar, ou vapes, se reuniram na Praça Júlio Mesquita, em Porto Alegre neste domingo (28), com o objetivo de conscientizar o público e autoridades sobre a regulamentação dos produtos no Brasil. O evento, organizado pelo Vapor Aqui, portal especializado em notícias sobre cigarros eletrônicos, em parceria com o Instituto Atlantos, think tank liberal de Porto Alegre, quer promover um debate aberto e embasado sobre a regulamentação dos vapes.
Nesta terça-feira (30), Dia Mundial do Vape, representantes do movimento estarão em Brasília onde vão apresentar à Anvisa cerca de 8 mil assinaturas de apoio à regulamentação.
Desde 2009, o Brasil proíbe o comércio, importação e propaganda de vapes, mas não limita a posse ou uso desses dispositivos, o que cria um mercado ilegal com milhões de consumidores com acesso a produtos que não têm garantia de qualidade ou procedência. Com base em mais de 8 mil estudos publicados em revistas científicas, os defensores da regulamentação defendem que os vaporizadores são um instrumento fundamental para as estratégias de redução de danos para tabagistas.
• LEIA TAMBÉM: Philip Morris pretende investir em fábrica no RS se Anvisa liberar cigarro eletrônico
“A redução de danos, portanto, não é uma estratégia de vitória ou derrota, mas uma escolha informada e pragmática de caminhar em direção a um futuro mais saudável. Vapes, neste sentido, são uma ferramenta potencialmente valiosa”, afirma o presidente do Instituto Atlantos, Leonardo Chagas.
Mais de 80 países, como Inglaterra, Nova Zelândia, Canadá e Suécia, decidiram pela regulação do comércio dos produtos com regras sanitárias adequadas, controlando a cadeia produtiva e oferecendo aos consumidores segurança no uso dos produtos.