Prefeitura estuda novos modelos de bilhetagem no transporte público de Porto Alegre

Consultoria contratada pela prefeitura deve durar 18 meses

Por Bárbara Lima

Porto Alegre, 28/03/2023: A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU), publicou no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), nesta terça-feira, 28, o extrato de contrato de prestação de serviços técnicos especializados com a Fundação Getúlio Vargas com objetivo de dar suporte ao processo de concessão do sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público de Porto Alegre. Foto: Gustavo Roth / EPTC / PMPA.
Quase sete anos após o decreto da lei municipal complementar nº 808/2016, que determinou que as concessionárias do transporte público de Porto Alegre transferissem a gestão e a administração da bilhetagem eletrônica para o município, a prefeitura assinou, nesta terça-feira (28), um contrato de consultoria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para viabilizar o novo sistema de bilhetagem do transporte público da Capital. 
A consultoria da FGV contratada pela prefeitura tem prazo previsto de 18 meses para ser concluída. Ao final do contrato, um relatório, com um projeto de licitação, vai fornecer os subsídios que permitam ao poder público decidir sobre a melhor forma e modalidade previstas em lei para assumir a gestão da bilhetagem eletrônica.
Entenda o caso
Desde que foi sancionada em 2016, a legislação previa um prazo de dois anos (que se encerrou em 31 de dezembro de 2018) para ajustar a bilhetagem eletrônica do município, deixando-a integralmente sob responsabilidade da prefeitura.
No entanto, até hoje, o sistema é operado pela Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP). Em 2021, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) solicitou na Justiça que a bilhetagem fosse transferida à administração pública por meio de uma Ação Civil Pública.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou, então, em setembro do mesmo ano, que a ATP e a prefeitura entregassem, em 30 dias, um cronograma para enviar ao juiz Fernando Carlos Tomasi Diniz, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, com informações de como seria feita a troca da gestão.
A reportagem procurou o TJ-RS para saber se o cronograma foi entregue e quais seriam os prazos, mas, até o fechamento desta matéria, não foi possível obter as respostas.