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Ativistas protestam contra colocação de gaiolas para captura de gambás na Redenção
Smamus notificou o estabelecimento Refúgio do Lago que retirou as armadilhas
A colocação de gaiolas no empreendimento Refúgio do Lago, no Parque da Redenção, para a captura de gambás mobilizou na quinta-feira (9) o Coletivo Preserva Redenção. Os ativistas realizaram um protesto em frente ao estabelecimento, localizado entre o antigo Orquidário e o Chafariz do parque.
Eduardo Viamonte, o Cara da Sunga, e Hosana Piccardi, bióloga e mestre em biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), estiveram no local onde conversaram com um dos sócios do Refúgio do Lago. Segundo Hosana Piccardi, os animais estão no seu habitat e não há nada de errado nisso. "O empresário é que tem que se adaptar a presença dos animais. Só que essa adaptação não pode ser feita com a captura em gaiolas", destacou. Viamonte explicou que quando da realização do protesto do Coletivo Preserva Redenção, um dos sócios do empreendimento explicou aos manifestantes os motivos da colocação das armadilhas.
Pedro Santarém, um dos sócios do Refúgio do Lago, disse que o intuito nunca foi prejudicar a fauna existente no Parque da Redenção. "Tinha restos de comida no local que atraíram os gambás e por isso tomamos a decisão de contratar uma empresa terceirizada que resolveu colocar as armadilhas para a captura dos gambás", explicou. Segundo ele, havia uma preocupação relacionada a circulação de visitantes e a presença dos animais que circulavam no entorno do empreendimento. Nesta sexta-feira (10), a direção do Refúgio do Lago esteve reunida com a Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) para tratar do assunto.
Em nota, a Smamus informou que notificou o complexo Refúgio do Lago, no Parque Farroupilha, quanto à colocação de gaiolas para captura de animais silvestres. O estabelecimento prontamente se prontificou a retirar os equipamentos. A secretaria também orientou para que os restaurantes mantenham bem fechadas as lixeiras para que os animais não se aproximem em busca de comida. A Smamus reforça a importância e a necessidade de preservação da fauna e flora das áreas verdes de Capital como forma de garantir o equilíbrio dos ecossistemas locais.
Quanto aos animais silvestres, os gambás têm hábitos noturnos, vivem em árvores e têm ampla variação nas escolhas alimentares. Eles comem frutas, folhas, raízes, insetos, larvas, ovos e até pequenos roedores e mamíferos. Para evitar a aproximação desses animais, seguem algumas orientações como evitar acumular lixo nos quintais e áreas de serviço e não deixar a ração de cães e gatos exposta. Além disso, é preciso manter telhados vedados, para evitar que gambás se alojem nos forros. A secretaria informa que o manejo de animais silvestres é proibido, conforme artigo 29 da Lei 9605/98.