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RS terá aplicativo para coleta de dados sobre câncer de pele
Lançamento da plataforma faz parte da Semana Mundial de Combate ao Câncer
Como parte da programação da Semana Mundial de Combate ao Câncer, será apresentado, na terça-feira (7) um aplicativo para coleta de dados sobre a incidência de câncer de pele no Rio Grande do Sul. O Thummi Skin é uma plataforma dedicada ao tipo de tumor, em especial os melanomas.
Desenvolvido pela Thummi, empresa sediada no Tecnopuc, o aplicativo tem como objetivo abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) com informações para a prevenção da doença.
Através de imagens colhidas na plataforma, médicos especialistas poderão diagnosticar e encaminhar os pacientes do SUS para atendimento oncológico. O lançamento do aplicativo será realizado no prédio administrativo do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na avenida Francisco Trein, 596, no bairro Cristo Redentor.
A ideia é agilizar o processo em até dois meses, reduzindo a espera por consultas de oncologia no Sistema Único de Saúde.
A iniciativa é do Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), em parceria com o GHC e a prefeitura de Porto Alegre. Além disso, o projeto envolve também a capacitação e a qualificação dos profissionais de atenção básica para o rastreio de pessoas com lesões de pele, bem como o desenvolvimento de melhores práticas que facilitem o diagnóstico precoce do melanoma, que é o mais perigoso e letal entre os tipos de câncer de pele, pois pode provocar metástases (disseminação do tumor para outros órgãos).
Criado em 2021 a partir da iniciativa do City Cancer Challenge Foundation em Porto Alegre, o IGCC é o parceiro local de sustentabilidade do C/Can. Através de uma atuação multissetorial, o IGCC busca transformar a realidade da prevenção e do tratamento do câncer, qualificando as políticas de saúde, aprimorando a governança e atualizando as informações e dados sobre a doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul é o quarto estado com maior incidência de casos de melanoma no País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
A pasta estima a incidência de 570 novos casos de melanoma por ano por 100 mil habitantes no Estado. Se descoberta em estágio inicial, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 8.450 novos casos de melanoma ao ano no Brasil. A média de idade de pessoas diagnosticadas com o tipo de câncer é de 57 anos, enquanto a média é de 67 anos entre os óbitos pela doença.
A exposição excessiva ao sol e sem o uso de filtro solar são fatores de risco para desenvolver câncer de pele. A doença é a mais frequente no Brasil e no mundo No País, corresponde a 27% de todos os tumores malignos do País, de acordo com o Inca.
Além da exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência, outros fatores de risco são: ter pele e olhos claros, ser albino, ter vitiligo e histórico da doença na família e fazer tratamento com medicamentos imunossupressores.
A orientação dos médicos é que se evite a exposição prolongada ao sol das 10h às 16h e usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
Outra dica é aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 30, no mínimo. É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição ao sol, bem como após mergulho ou grande transpiração. Mesmo filtros solares como a identificação de à prova d’água devem ser reaplicados.