Veranistas e moradores que utilizam embarcações no rio Mampituba, entre a cidade gaúcha de Torres e a catarinense de Passo de Torres, vinham reclamando dos riscos de transitar pela área onde ocorreu o
acidente com a ponte pênsil, no último dia 20 de fevereiro, quando diversas pessoas caíram na água e uma morte foi registrada. Como a estrutura estava pendurada desde então, quem navegava na região podia se machucar caso não desviasse dos cabos e das madeiras. A prefeitura de Passo de Torres, no entanto, anunciou a contratação de uma empresa especializada para fazer a remoção dos estrados de madeira.
Sem o peso, automaticamente, a altura dos cabos, agora, está mais elevada, diminuindo a possibilidade de novos acidentes. “A empresa contratada retirou os estrados de madeira com autorização da Polícia Civil, os cabos não foram mexidos por conta de uma investigação complementar. O objetivo foi atender à solicitação dos pescadores para passagem dos barcos pesqueiros, além de evitar acidentes com as pequenas embarcações que estavam passando por baixo da ponte”, afirma a prefeitura de Passo de Torres através de nota oficial. Apenas alguns metros de madeira foram mantidos para não comprometer a investigação.

A contratação foi firmada no último sábado, 25 de fevereiro. O prefeito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues, está buscando, no momento, recursos e realizando articulações políticas junto com os governos estadual e federal para reconstrução ou execução de uma nova ponte. Na tarde de segunda-feira, ele teve uma reunião com o deputado estadual Zé Milton, em Florianópolis, para tratar do assunto. O prefeito de Torres, Carlos Alberto Matos de Souza, não está se pronunciando sobre o assunto.
Ainda não há previsão para a remoção total dos cabos porque vai haver perícias na ponte.
Brian Grandi, de 20 anos, morreu na queda e seu corpo foi encontrado três dias depois na Praia Azul, em Santa Catarina.