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Direitos humanos

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2023 às 21:09

FAB prorroga prazo de saída voluntária de garimpeiros do Território Yanomami

Destruição de aeronaves e maquinários é fiscalizada pelo Ibama

Destruição de aeronaves e maquinários é fiscalizada pelo Ibama


Ibama/Divulgação/JC
Folhapress
A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou até 6 de maio a abertura parcial do espaço aéreo para a saída voluntária de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O novo prazo foi informado nesta segunda-feira pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia.
A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou até 6 de maio a abertura parcial do espaço aéreo para a saída voluntária de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O novo prazo foi informado nesta segunda-feira pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia.
"Os três corredores humanitários de voo foram abertos no último dia 6 de fevereiro, com o intuito de possibilitar a saída coordenada e espontânea das pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal por meio aéreo", diz nota do comando.
Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) detectaram um fluxo de embarcações de garimpeiros com combustível e mantimentos entrando na Terra Yanomami, um indicativo da continuidade da atividade de exploração de ouro e cassiterita apesar das ações para seu desmonte.
Além disso, agentes do órgão constataram a disposição de grupos invasores armados à resistência e ao enfrentamento a forças policiais que operam para a destruição de aeronaves e maquinários, além da retirada dos invasores.
Os indígenas encolheram suas áreas de plantações, não têm água potável para beber e nem para tomar banho. Não conseguem pescar por causa da contaminação de metais, como mercúrio, na água e a caça foi afugentada pela invasão de garimpeiros.
O governo Lula (PT) declarou no dia 20 de janeiro emergência em saúde pública, com ações de assistência humanitária na terra indígena. Depois, deu início à Operação Libertação, para retirada dos invasores do território indígena, com participação de agentes do Ibama, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Força Nacional de Segurança Pública e Forças Armadas. A operação deve ter duração entre seis meses e um ano.
Comissões de investigação
O crescimento e a consolidação do garimpo ilegal na Terra Yanomami, permitidos e estimulados pelo governo Jair Bolsonaro (PL), provocaram uma crise humanitária e de saúde entre os indígenas, com explosão dos casos de malária, desnutrição grave e infecções respiratórias. Neste ano, senadores e deputados aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro entraram com pedidos de criação de comissões externas, para tentar legalizar a atividade garimpeira.
A defesa das atividades de garimpo ilegal por parlamentares de Roraima acendeu o alerta no Senado e no Congresso. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), propôs que a comissão externa de investigação fosse formada também por parlamentares de outros estados.
Já o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alegou que “podem surgir outras demandas de inclusão de outros colegas parlamentares para acompanhar o drama que vivem os yanomamis e o drama, em última análise, que vivem os irmãos amazônidas roraimenses".
Folhapress
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