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Patrimônio

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2023 às 16:52

Área do Estádio Olímpico pode perder autorização para prédios de 72 metros de altura

Estádio Olímpico está abandonado há 10 anos, desde que o Grêmio deixou de realizar jogos no local

Estádio Olímpico está abandonado há 10 anos, desde que o Grêmio deixou de realizar jogos no local


ISABELLE RIEGER/JC
Cláudio Isaias
"A mesa de negociação da prefeitura de Porto Alegre com a empresa OAS para resolver o abandono da área do Estádio Olímpico, no bairro Medianeira, segue aberta. Agora, o que não dá para continuar é com discursos. O que não pode acontecer é daqui a 10 ou 20 anos continuar com aquele abandono urbanístico que existe no estádio Olímpico."
"A mesa de negociação da prefeitura de Porto Alegre com a empresa OAS para resolver o abandono da área do Estádio Olímpico, no bairro Medianeira, segue aberta. Agora, o que não dá para continuar é com discursos. O que não pode acontecer é daqui a 10 ou 20 anos continuar com aquele abandono urbanístico que existe no estádio Olímpico."
A análise foi feita pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, ao afirmar que, se em um prazo de um ano não começar a obra, irá cair o regime urbanístico que foi votado na Câmara de Vereadores. Entre o Natal e o Ano Novo de 2008, os vereadores da Capital aprovaram incentivos construtivos para a dupla Grenal. Na época, o Inter foi beneficiado com autorização maior para construção no terreno dos Eucaplitos, a fim de financiar as obras no Beira-Rio, estádio da Copa do Mundo de 2014. O Grêmio por sua vez, recebeu autorização para a construção de prédios mais altos na área do Estádio Olímpico, a fim de viabilizar obras da então futura Arena, que depois foi construída no bairro Humaitá. O projeto aprovado em 29 de dezembro de 2008 permite a construção de torres de até 72 metros de altura (equivalente a 25 andares), acima do limite do Plano Diretor de Porto Alegre, que é de 52 metros (18 andares).
"Não quero prejudicar o Grêmio e nem o Internacional. Agora, um prefeito tem que olhar além dos clubes. Aquela área do Olímpico é totalmente degradada e a insegurança está no coração dos bairros Medianeira e Menino Deus. Isso tem criado um enorme problema para a prefeitura", destaca. Melo disse que está há dois anos no governo e nesse período a OAS nunca procurou a prefeitura para encontrar uma solução.
Caso as intervenções previstas na área não sejam feitas pela OAS, o prefeito explica que será revogado o regime urbanístico especial e será instituído um regime básico de acordo com o entorno da região. Para o Estádio Olímpico, o índice de aproveitamento cairá de 2,4 a 3,0 para 1,6; a altura máxima, de 72 metros para 27 metros, e sem a possibilidade de Solo Criado (compra de índices construtivos) e Transferência de Potencial Construtivo (TPC).
Completamente abandonado e em ruínas, o Estádio Olímpico viveu momentos de glória com as inúmeras conquistas do Grêmio desde a década de 1950, e também com a presença de atrações internacionais como os cantores Rod Stewart, Sting e Eric Clapton. Em 2013, o estádio recebeu as últimas partidas de futebol do Tricolor. O local é ocupado muitas vezes por usuários de drogas e pessoas em situação de vulnerabilidade social, que aproveitam a falta de segurança para se abrigar na construção. A indefinição sobre o que será feito com a estrutura preocupa os moradores dos bairros Medianeira e Menino Deus.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) informa que não há nada em tramitação na instituição sobre o destino do antigo estádio. A OAS, responsável pela construção, não se manifestou sobre o abandono do Olímpico até o fechamento desta matéria.
O  Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense afirmou em nota que "reforça o compromisso com as suas responsabilidades de guarda patrimonial e limpeza do Estádio Olímpico e ressalta, também, que cumpriu integralmente com todos os compromissos contratuais que lhe cabiam com OAS, atual Metha, e Karagounis no negócio jurídico que envolve os imóveis do Estadio Olímpico e da Arena do Grêmio", escreveu o clube.
A nota segue: "Salientamos, além disso, que a troca das propriedades ainda não foi concretizada e finalizada nos termos contratados entre as partes devido aos gravames que recaem sobre a matrícula da do imóvel da Arena em virtude dos débitos da Arena Porto Alegrense S.A. junto aos bancos financiadores do empreendimento e à não realização das obras de compensação ambiental do entorno do estádio, que são de responsabilidade exclusiva da construtora", finaliza o comunicado.
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