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LITORAL NORTE

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2023 às 16:42

Construtora diz que não há definição sobre prédios altos em Rainha do Mar e Xangri-Lá

Terreno onde era a colônia de férias do Banrisul, em Rainha do Mar, deve dar lugar a prédio

Terreno onde era a colônia de férias do Banrisul, em Rainha do Mar, deve dar lugar a prédio


Mauro Belo Schneider/Especial/JC
Mauro Belo Schneider e Cláudio Isaías
Mauro Belo Schneider e Cláudio Isaías
Atualizado às 18h46 do dia 10/02/2023
Moradores e veranistas de Rainha do Mar e Xangri-Lá, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, farão um abraço coletivo nesta sexta-feira (10) e no domingo em terrenos onde estaria prevista a construção de prédios de 14 andares. O evento é organizado pelas redes sociais e comentado nas ruas dos balneários. Na sexta, às 15h, o grupo se reúne em Xangri-lá no terreno onde foi o Hotel Termas. No domingo, às 18h, o protesto será em Rainha do Mar, onde funcionava a colônia de férias do Banrisul.
Um dos terrenos, em Xangri-Lá, foi adquirido pela construtora Alfa do Brasil, e o outro, em Rainha do Mar, foi comprado pela construtora D1 Empreendimentos, com a desativação do hotel e da colônia de férias. A empresa, entretanto, não confirma os planos de construir prédios altos nos imóveis. Segundo Duani Teixeira, diretor da D1 Empreendimentos, "não há projeto para as áreas", nem há projetos de longo prazo definidos.
"Nosso foco no momento é o Gaia Atlântida e outros empreendimentos em andamento. Nem estudo sobre as áreas temos", garante Teixeira.
A antiga colônia de férias do Banrisul, a Banrimar, à beira-mar de Rainha do Mar, foi desativada em 2018 e depois vendida – o prédio foi demolido e não há sinal de obras. O antigo Hotel Termas, em Xangri-Lá, também deixou de operar e foi alienado. 
O diretor da D1 avisa que não participará dos eventos organizados pelos veranistas para dar eventuais esclarecimentos.
O executivo observa, ainda, que, com as mudanças no Plano Diretor de Xangri-Lá, novos empreendimentos, necessariamente, precisam entregar melhorias de saneamento. 
"O Plano Diretor atual, estudado pelo professor Benamy (Turkienicz), da Ufrgs, visa reduzir o impacto ambiental das casas gerado no lençol freático. Por isso, deve ser analisado o contexto da proposta de uma forma geral, sendo que no novo formato, os novos empreendimentos viabilizam as redes de esgoto, que reduzem drasticamente o impacto ambiental hoje gerado pelas casas", sustenta o representante da construtora D1. 
O prefeito de Xangri-Lá, Celso Bassani, procurado nesta quinta-feira (9) para falar sobre os empreendimentos, destaca que a administração municipal segue a risca as determinações do Plano Diretor do município. "Jamais vamos autorizar a construção de prédios em locais que não são permitidos. Jamais vamos desrespeitar o Plano Diretor", garante.
Segundo Bassani, os dois prédios serão construídos em áreas que já possuíam edificações. "Não é ilegal fazer um empreendimento onde já existia uma construção", observa. O prefeito informa que o atual Plano Diretor da cidade permite a construção de edificações de até sete andares nas avenidas Paraguassu, Central, Elmar Wagner e Diamante.
 

Audiência pública vai discutir alterações no Plano Diretor no dia 15 de fevereiro

O prefeito Celso Bassani informa que no dia 15 de fevereiro, quinta-feira, será realizada uma audiência publica para debater alterações no Plano Diretor de Xangri-Lá, incluindo a altura das edificações. Atualmente, as construções podem ter no máximo sete pavimentos. Mas o Executivo avalia ampliar a autorização para edifícios mais altos, o que ainda teria que ser aprovado no Legislativo.
Bassani acredita que a construção de prédios de 14 andares, se autorizados, não vai afetar a infraestrutura da cidade. "Temos total preocupação e somos rigorosos com as questões relacionadas ao meio ambiente e ao saneamento básico de Xangri-Lá", acrescenta.