Caso Rafael: Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho, depõe nesta quarta-feira

O crime ocorreu em maio de 2020 na cidade de Planalto, no Norte do RS

Por JC

Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho Rafael, em Planalto
O julgamento do caso Rafael, assassinado em maio de 2020 aos 11 anos, prossegue nesta quarta-feira (18) com o depoimento da mãe do menino, Alexandra Dougokenski, acusada do crime. A ré está sendo ouvida nesta manhã no Salão do Júri do Foro da Comarca de Planalto, no Norte do Rio Grande do Sul.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Alexandra fez com que Rafael tomasse dois comprimidos de diazepam. Ela esperou em seu quarto até que o medicamento fizesse efeito e, horas depois, ainda na madrugada de 15 de maio, verificando que a resistência da criança estava reduzida em razão do medicamento, estrangulou o filho com uma corda, até que sufocasse.
Alexandra é acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, o MPRS também acusa a ré de falsidade ideológica e fraude processual.
Após o depoimento de Alexandra, serão realizados os debates entre as partes (1h30min para cada uma; 1h de réplica e igual tempo para tréplica). Alexandra acusa o ex-companheiro de ser o autor do crime.
Winques foi ouvido na terça-feira (17) como informante. Ele disse que Alexandra quer "se livrar" das acusações. O pai de Rafael afirmou que na data de 15 de maio de 2020, quando Rafael foi assassinado, estava em Bento Gonçalves, onde vive, e trabalha na roça. O agricultor lamentou a perda do filho e disse que, mesmo se vendo pouco, o filho queria ir morar com ele.
Além de Marques, a fase de oitivas de testemunhas e informantes ouviu na terça-feira familiares de Alexandra e a uma professora de Rafael, totalizando sete pessoas. Na segunda-feira (16), primeiro dia do julgamento, foram ouvidas três testemunhas, totalizando 10 oitivas (a 11ª foi dispensada).