A subvariante XBB.1.5 do coronavírus foi identificada pela primeira vez no Rio Grande do Sul através de um estudo do Hospital Moinhos de Vento em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC).
A linhagem já é dominante em algumas partes do mundo e tem chamado atenção das autoridades de saúde devido à grande capacidade de transmissão.
No Brasil, há poucos casos descritos da doença e ela foi identificada apenas no Estado de São Paulo.
A XBB.1.5 é considerada uma linhagem recombinante, composta pelo material genético de outras duas variantes da Ômicron, a BA.2.10.1 e a BA.2.75.
Um dos motivos que explicam a maior transmissibilidade da subvariante é a presença da mutação F486P na proteína spike. Segundo os pesquisadores, isso faz com que possa existir uma maior interação com o receptor ACE2 das células humanas, que é a via de entrada do vírus no organismo.
Apesar de mais transmissível, ainda não existem evidências de que a XBB.1.5 cause quadros clínicos mais severos.
A pesquisa desenvolvida pelo Moinhos de Vento faz parte do projeto Global Action in Healthcare Network (GAIHN), uma rede colaborativa mundial para o enfrentamento de ameaças em saúde com foco na rápida detecção e resposta.