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Abastecimento

- Publicada em 04 de Janeiro de 2023 às 13:04

Nível do Guaíba preocupa Estado, mas Dmae descarta racionamento

No verão, o nível do Guaíba costuma ficar abaixo da média do resto do ano

No verão, o nível do Guaíba costuma ficar abaixo da média do resto do ano


LUIZA PRADO/JC
Maria Amélia Vargas
Com água na altura dos 71 centímetros acima do nível do mar, a régua do Guaíba na manhã desta quarta-feira (4) marcava a média típica para o Verão gaúcho. No entanto, a Sala de Situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) alerta para a possibilidade de um declínio ao longo dos próximos meses devido à falta de previsão de chuvas para a região.
Com água na altura dos 71 centímetros acima do nível do mar, a régua do Guaíba na manhã desta quarta-feira (4) marcava a média típica para o Verão gaúcho. No entanto, a Sala de Situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) alerta para a possibilidade de um declínio ao longo dos próximos meses devido à falta de previsão de chuvas para a região.
Ciente deste quadro, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Alexandre Garcia, garante que ainda não há problemas de abastecimento e nem necessidade de racionamento em Porto Alegre. O que pode ocorrer, na avaliação do dirigente, é a redução na vazão da água, gerando uma lentidão no processo de tratamento (ajustado de acordo com a qualidade do manancial). “Os muitos dias seguidos de seca e de calor intenso mudam a qualidade da água bruta em relação aos momentos em que o seu nível está normal, com 1,2 metros”, explica Garcia.
Nesses casos, a estiagem também intensifica floração de algas, cuja maior incidência de insolação favorece a fotossíntese. São elas as responsáveis pelo gosto e o odor percebidos na água que sai nas torneiras das casas e estabelecimentos comerciais da Capital. “Para isso, a gente faz várias adaptações de tratamento, como coagulantes, dosagem de dióxido de cloro no início da captação, polímeros coadjuvantes. Mas estas situações podem ocorrer de uma hora para outra”, explica o diretor.
De acordo com a região de Porto Alegre, a distribuição e o tratamento acabam sofrendo algum tipo de dificuldade. Segundo Garcia, Belém Novo é um exemplo, pois “fica no extremo sul da Capital”. Além disso, lembra que a Zona Norte, por ser localizada mais próxima ao Rio Gravataí, cuja "qualidade da água é inferior”, precisa de métodos diferenciados, como o uso do carvão ativado, nos processos utilizados para deixar a água em condições adequadas ao consumo.
Outra situação pontual atingia o Morro da Cruz, no bairro São José, que sofria há anos com entraves no fornecimento do produto. Mas, em dezembro do ano passado, a prefeitura finalizou a entrega de materiais e reservatórios para a região. Em parceria com o Dmae, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) forneceu 368 reservatórios aos moradores.
O Dmae destaca que também estão sendo trocadas as tubulações existentes e instaladas novas estruturas em polietileno de alta densidade (Pead), e implantadas aproximadamente 450 novas ligações de água. “Já temos 80% das obras prontas, garantindo que este ano as condições de abastecimento no local serão superiores às do ano passado”, ressalta o diretor.
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