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Saúde

- Publicada em 29 de Outubro de 2022 às 17:42

Caminhada das Vitoriosas volta a encher as ruas da Capital de esperança

Milhares de pessoas voltaram a ocupar as ruas no combate ao câncer de mamas

Milhares de pessoas voltaram a ocupar as ruas no combate ao câncer de mamas


imama/divulgação/jc
Deivison Ávila
Há dois anos, Porto Alegre não via algumas de suas ruas cobertas de rosa. A já tradicional Caminhada das Vitoriosas, evento organizado pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), não ocorreu em 2020 e 2021, devido à pandemia do coronavírus. Mas com a situação controlada, graças à vacinação, milhares de pessoas voltaram a se concentrar no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, para dar início à caminhada até o Parque da Redenção.
Há dois anos, Porto Alegre não via algumas de suas ruas cobertas de rosa. A já tradicional Caminhada das Vitoriosas, evento organizado pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), não ocorreu em 2020 e 2021, devido à pandemia do coronavírus. Mas com a situação controlada, graças à vacinação, milhares de pessoas voltaram a se concentrar no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, para dar início à caminhada até o Parque da Redenção.
Neste sábado, cerca de 7 mil pessoas percorreram o trajeto levando muitas histórias vencedoras e espalhando amor por onde passavam. Ao longo do percurso, famílias, acompanhadas por crianças, ou mulheres com o sorriso estampado no rosto podiam ser vistas, celebrando a vida e, também, lutando por uma causa. Outras centenas participaram simplesmente para apoiar o Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção, ao alerta do autocuidado e da busca por exames.
Um dado preocupa: até 2030, uma a cada 10 mulheres no Brasil terá câncer de mama. E para que esses números não façam vítimas, a prevenção se torna a melhor arma. Foi assim que a enfermeira Carla Rosa, natural de Porto Alegre, descobriu por duas vezes um câncer. O primeiro, aos 29 anos, em 2004, quando realizou uma mamografia preventiva. Ela passou por dois procedimentos, uma radioterapia e zerou o problema.
Só que em 2020, em meio à pandemia da Cpvod-19, com medo da infecção, Carla evitou ir ao hospital para um check-up geral, mas priorizou a mamografia e descobriu mais uma vez o retorno da doença. “Detalhe, fui salva pela prevenção pela segunda vez”, ressalta Carla. Foram mais três cirurgias, reconstrução da mama, tratamento de quimioterapia, até a liberação em agosto deste ano, quando veio o convite para integrar o Imama.
Hoje, com 47 anos, Carla dedica boa parte sua vida à atividade física. Pedala e corre quase que diariamente, e acredita que boa parte da sua recuperação passou por ter uma vida saudável. A enfermeira conta que relutou um pouco em aceitar o convite de se tronar uma voluntária, com medo de reviver sua história, mas a paixão por tudo que faz a provocou em aceitar o convite e dividir sua história.
“Se Deus me deixou aqui mais vez, no meio de uma pandemia, vamos lá ajudar outras pessoas. Nós não podemos mais permitir que mulheres morram cedo por falta de prevenção”, alerta a mais nova integrante do Imama e que participou de sua primeira caminhada.
Já a funcionária pública Marli Marcon, 59 anos, faz parte do Imama desde 2011. Em 2009, descobriu uma alteração na mama, realizou a mamografia e recebeu o diagnóstico do câncer. Na época, com 46 anos, a notícia abalou sua vida, não queria sair de casa e o único pensamento que vinha à mente era a possibilidade de morrer.
“Nunca tinha tido nenhum tipo de problema de saúde e sempre me cuidei bastante. Fui a primeira mulher da família a ter esse tipo de câncer. Passado o susto, veio o apoio da família e dos amigos. Então, eu disse a mim mesma que ia ficar bem. Uma amiga buscou informações e me levou até o Imama”, recorda Marli.
Em um primeiro momento, ela visitou o Instituto, não se sentiu à vontade, mas prometeu que quando se sentisse melhor, voltaria para se tornar uma voluntária. E foi o que aconteceu. Até hoje, Marli faz parte do grupo das Vitoriosas e ajuda o Imama na organização de diversos eventos de educação e prevenção à saúde da mulher.
O Rio Grande do Sul é o estado que apresenta os maiores índices da doença no País. Desta forma, a importância da prevenção é gigantesca, já que o câncer de mama diagnosticado no estágio inicial tem 95% de chances de cura. 
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