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JUSTIÇA

- Publicada em 20 de Outubro de 2022 às 08:06

Acusado de ser mandante da morte de Eliseu Santos é condenado

Sentença foi lida pelo Juiz Thomas Schons na madrugada desta quinta

Sentença foi lida pelo Juiz Thomas Schons na madrugada desta quinta


Janine Souza/Divulgação/JC
Terminou no final da madrugada desta quinta-feira (20) o júri de Jorge Renato Hordoff de Mello, acusado de ser mandante da morte do médico Eliseu Santos (PTB), então secretário municipal de Saúde e ex-vice-prefeito de Porto Alegre, em 26 de fevereiro de 2010. O réu foi condenado a uma pena total de 42 anos e dois meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Terminou no final da madrugada desta quinta-feira (20) o júri de Jorge Renato Hordoff de Mello, acusado de ser mandante da morte do médico Eliseu Santos (PTB), então secretário municipal de Saúde e ex-vice-prefeito de Porto Alegre, em 26 de fevereiro de 2010. O réu foi condenado a uma pena total de 42 anos e dois meses de reclusão, em regime inicial fechado.
O julgamento, que durou cerca de 20 horas, começou por volta das 9h30min dessa quarta-feira, e se estendeu até às 5h40min da manhã de hoje. O juiz de Direito Thomas Vinícius Schons, do 1º Juizado da 1ª Vara do Júri da Capital, presidiu o Tribunal do Júri, formado por sete jurados. O Conselho de Sentença condenou o réu em todas as acusações apontadas pelo Ministério Público. 
Na época, a Polícia Civil apontou crime de latrocínio, enquanto que o MP sustentou que Eliseu Santos foi assassinado por vingança por ter sustado o contrato com a empresa Reação, ligada a Hordoff de Mello e suspeita de um esquema de desvio de recursos na pasta da Saúde. A empresa era responsável pela segurança de postos de saúde municipais.
A fase dos debates entre o MP e a Defesa do réu iniciou por volta de meia-noite. Pelo Ministério Público, atuaram a Promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari e o Promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim.
De acordo com a acusação, Jorge Renato Hordoff de Mello era sócio da empresa Reação, que fazia a vigilância nos postos de saúde da Capital. Havia outros locais também, como o Mercado Público e a Secretaria de Educação, mas que tiveram os contratos rescindidos.
A Promotora de Justiça disse que a empresa começou a cometer irregularidades e a sofrer sanções da Secretaria Municipal da Saúde, sendo advertida e multada. O contrato com o Município acabou rescindido e, por conta de pendências junto ao INSS, a empresa Reação tinha um montante a receber da prefeitura, mas acabou fechando.

Sobre o caso

Na noite de 26 de fevereiro, Eliseu Santos, a esposa e a filha foram em um culto religioso, em uma igreja evangélica localizada no bairro Floresta, zona norte de Porto Alegre, para acompanhar o batizado da cunhada dele. Na saída, quando ia entrar no carro, um Toyota Corolla, o então Secretário da Saúde de Porto Alegre foi alvejado por dois disparos, sendo um deles, fatal, atingindo-o no peito. O médico, que andava armado, ainda revidou e atingiu os dois homens que o atacaram.
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