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Hospitais e universidades são identificados como polos de ciclistas em Porto Alegre
Último encontro de revisão, antes da elaboração do novo PDCI, ocorre ainda em setembro
Implementada desde 2010, a partir do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), a rede para locomoção dos ciclistas de Porto Alegre passa pelo processo de revisão. Ainda na fase de reuniões com os conselhos municipais, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Smmu) destaca dois novos polos de ciclistas na capital: a saúde e a educação. Cerca de 20% dos médicos, enfermeiros, professores e estudantes utilizam o sistema de bicicletas compartilhadas.
Apenas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre há dois cicloviários. Já na educação, o maior número de ciclistas se direciona para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e para a Pontifícia Universidade Católica (Pucrs). Dentro deste cenário, a expansão e revisão da malha cicloviária também levará em consideração as demandas desses usuários.
“O processo de credenciamento para ampliar as bicicletas compartilhadas está em andamento para que as estações estejam próximas desses centros”, explicou o secretário de Mobilidade Urbana, Adão Castro de Júnior, durante a reunião realizada na tarde desta quinta-feira.
De julho até o momento, foram realizadas reuniões institucionais, coordenadas pela Smmu com a participação da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), com a Câmara de Vereadores, secretarias e com a equipe responsável pelo Pacto Alegre. Além disso, também foram ouvidos comerciantes, cicloativistas, instituições de ensino e de saúde e a população, por meio de seus conselhos. Nesta quinta-feira, a reunião contou com a participação de representantes do ciclismo tanto como esporte, como lazer, além de pesquisadores da área.
Com foco em atingir os objetivos em curto e médio prazo, dentro de quatro anos, a metodologia utilizada durante o mapeamento da rede existente consiste em alinhar as diretrizes, estruturando e conectando as redes locais, além de priorizar a implementação das conexões estruturais. Em paralelo, inicia-se o processo de construção da rede integrada, buscando financiamentos, contrapartidas, asfaltamentos, recursos próprios, adoção e bicicletários.
Atualmente, o sistema cicloviário de Porto Alegre conta com cinco frentes orçamentárias. No Avançar Cidades, do Governo Federal, a carta consulta aprovada, prevê cerca de R$ 6 milhões para a expansão de 32,8 kms. “Nós não trabalhamos com o número porque nós fizemos o projeto e temos a captação do recurso, mas como é um processo que não é rápido, podendo demorar até um ano, às vezes as necessidades da cidade vão mudando”, explica o coordenador de Planejamento da Smmu, João Paulo Cardoso Joaquim.
Já por meio do financiamento da Corporação Andina de Fomento (CAF), são R$ 3 milhões destinados a 14,50 kms, enquanto pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul são direcionados R$ 5 milhões para 36,80 kms de malha cicloviária, além dos recursos oriundos de contrapartidas.
O último encontro antes do processo de elaboração do novo Plano Diretor Cicloviário (PDCI), ocorre ainda neste mês e será realizado com representantes de shoppings.