Em virtude dos danos causados pela tempestade com fortes ventos e granizo que atingiu a Canoas na noite de segunda-feira (15), o prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques, assinou o decreto que declara situação de emergência no município. O decreto entrou em vigor nesta terça-feira (16) e deve vigorar pelo prazo de 180 dias. Segundo informações da MetSul Meteorologia, a maior rajada de vento registrada por estação meteorológica no Estado se deu na base aérea de Canoas, com 120,5 km/h. Cerca de 65 mil clientes seguem sem luz no município - no total, aproximadamente 200 mil canoenses registraram queda de energia.
O documento decreta ainda que ficam suspensas as aulas presenciais da rede pública e recomenda a mesma orientação na rede privada de ensino - além de Canoas, outras quatro
cidades do RS suspenderam as aulas. As secretarias de governo devem adotar medidas preventivas e mitigadoras de acordo com as atribuições legais e regulamentares pertinentes. Também será possível adquirir, de forma emergencial, materiais, equipamentos e contratar serviços visando à normalização da situação.
O decreto autoriza ainda convocação de voluntários e realização de campanhas de arrecadação de recursos, junto à comunidade. Por fim, ainda aponta as medidas que podem ser tomadas pelas autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, nas respostas aos prejuízos.
As atividades culturais da cidade também foram suspensas nos dias 17, 18, 19 e 21 de agosto.
A Unidade Hub Canoas do Hospital Moinhos de Vento está fechada nesta terça-feira (16) e ainda não há previsão de retomada.
Além de todos os estragos, uma pizzaria da rede de restaurantes Pizza Hut amanheceu com o telhado completamente destruído pelos ventos, chuva e granizo.
Ventania destelhou totalmente pizzaria na cidade da Região Metropolitana (Reprodução/@metsul/Twitter/JC)
Um comitê de crise foi instituído pela Administração Municipal para organizar o trabalho de diversas equipes da Prefeitura. Danos materiais e prejuízos econômicos, como destelhamento de residências, queda de árvores e postes - mais 100 pontos de luz foram devem ser substituídos -, e desabastecimento de serviços de água, esgotamento sanitário e energia elétrica, recebem atenção prioritária. O levantamento de dados está sendo processado pela Defesa Civil.