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Saúde

- Publicada em 10 de Agosto de 2022 às 16:47

Para doar a bancos de leite, mães precisam tomar cuidados na hora da ordenha

O leite doado passa por uma série de análises antes de chegar aos prematuros

O leite doado passa por uma série de análises antes de chegar aos prematuros


BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
Bárbara Lima
No Agosto Dourado, mês do ano destinado a campanhas de incentivo ao aleitamento materno, muito se fala da importância do leite do peito para bebês recém-nascidos e prematuros. Segundo o Ministério da Saúde, a amamentação exclusiva até os seis meses de idade reduz em 13% a mortalidade infantil e evita doenças, como diarreia, candidíase e resfriados, além de ser essencial para fortalecer o vínculo mãe e filho. Nesse sentido, o Banco de Leite Humano do Hospital Santa Clara, no complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, incentiva e acolhe mulheres, tanto pacientes como usuárias externas, para consultoria em amamentação e doação de leite, que alimenta os bebês prematuros da UTI Neonatal. Apesar disso, apenas 15% do leite enviado consegue ser aproveitado, segundo Bruna Acosta, nutricionista do Banco.
No Agosto Dourado, mês do ano destinado a campanhas de incentivo ao aleitamento materno, muito se fala da importância do leite do peito para bebês recém-nascidos e prematuros. Segundo o Ministério da Saúde, a amamentação exclusiva até os seis meses de idade reduz em 13% a mortalidade infantil e evita doenças, como diarreia, candidíase e resfriados, além de ser essencial para fortalecer o vínculo mãe e filho. Nesse sentido, o Banco de Leite Humano do Hospital Santa Clara, no complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, incentiva e acolhe mulheres, tanto pacientes como usuárias externas, para consultoria em amamentação e doação de leite, que alimenta os bebês prematuros da UTI Neonatal. Apesar disso, apenas 15% do leite enviado consegue ser aproveitado, segundo Bruna Acosta, nutricionista do Banco.
O motivo desse número ainda tão baixo estava sendo discutido logo cedo na manhã desta quarta-feira (10), no Banco de Leite. Uma das principais razões para descarte do leite doado por mães que realizam a ordenha, principalmente em casa, é a "sujidade" do material coletado. “Nossos pacientes são bebês prematuros que já estão em uma situação de fragilidade. Qualquer sujeira pode contaminar o leite, que deverá ser desprezado nesses casos”, explica Bruna. Por isso, para evitar que isso aconteça, as mães doadoras precisam tomar alguns cuidados essenciais que garantem a usabilidade do leite para os pequenos pacientes. “Quando a pessoa decide doar o leite, ela precisa ter consciência de que não é um descarte apenas para que ela alivie a dor do seio, um bebê vai ingerir o alimento”, reforça.
Entre os principais cuidados, estão a retirada de todos os adornos, como brincos e colares, resquícios de maquiagem, a utilização de máscara, quando possível, e o armazenamento em potes de vidro com tampas de plástico. Também é preciso estar com as unhas bem cortadas, lavar as mãos e as mamas, e realizar a coleta sem a parte de cima da roupa. O primeiro jato de leite deve ser desprezado. A nutricionista ressalta ainda que o ideal é que os potes sejam do tamanho de 100 ml e que, se for preciso, as doadoras utilizem mais de um pote, pois, assim, caso haja alguma contaminação em um deles, não há comprometimento do material todo. O Banco de Leite do Hospital Santa Clara também fornece os recipientes para as doadoras que desejam ordenhar em casa e ainda coleta os materiais em alguns pontos mais distantes.
As sujidades são identificadas na primeira fase realizada no Banco de Leite, quando o material começa a ser descongelado para, depois, ser pasteurizado e finalmente entregue ao laboratório de análises clínicas, onde devem ser identificadas bactérias e outros organismos que podem afetar a saúde dos bebês. Quando as sujidades (cabelos, cílios, insetos etc) são reconhecidas, o banco entra em contato com as doadoras, orientando novamente o processo. “Não queremos que a mãe desista de doar, pois o leite humano é um líquido precioso. Nossa meta nunca é estocar leite no banco, mas ter um grande volume que possa realmente ser aproveitado”, relaciona.
Vale destacar ainda que, a não ser nos casos em que a mãe doa para o próprio filho, internado na UTI Neonatal, não é possível doar em nome de algum bebê específico. Isso porque cada leite doado apresenta uma quantidade de calorias única que deve ser administrada de acordo com a prescrição médica. “Alguns bebês precisam ganhar mais peso, outros menos”. A nutricionista destaca ainda que não é saudável nem recomendado doar leite direto no peito para outra criança, sob o risco de transmitir alguma doença. “A única forma segura de doar é aos bancos de leite, pois aqui fazemos uma criteriosa análise do leite”, argumenta.
Para saber mais sobre esse assunto, confira a reportagem do Jornal do Comércio sobre a situação dos bancos de leite no Rio Grande do Sul.
Locais de doação de leite humano em Porto Alegre:
Banco de Leite Humano do Hospital Fêmina
Av. Mostardeiro, 17.
Telefone: (51)3314-5362
Posto Coleta - PCLH - Hospital Criança Conceição
Av. Francisco Trein, 596.
Telefone: (51)3357-2920
Banco de Leite Humano do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas
Avenida Avenida Independência, 661.
Telefone: (51) 3289-3334
Banco de Leite Humano da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Rua Professor Annes Dias, 295.
Telefone: (51) 3214-8284
Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Rua Ramiro Barcelos, 2.350.
Telefone: (51) 2101-8000
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